terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Permanecendo em Jesus


Permanecendo em Jesus Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele:
“Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos.E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.João 8:31,32
No livro de João Jesus fala muito sobre permanecermos nEle. Permanecer significa persistir, perseverar apesar de circunstâncias adversas.
É discípulo de Jesus aquele que insiste em seguí-lo e obedecê-lo. Conhecer a verdade(Jesus) é um processo diário que nos livra do pecado, das inclinações da nossa carne e nos torna mais parecidos com Jesus.
Não despreze as diciplinas espirituais. Oração, jejum, leitura bíblica, doação, são práticas para TODOS os cristãos. E elas nos mantém num lugar de humilhação e dependência de Deus.

Por Nívea Soares

Parlamentares evangélicos querem que Igrejas opinem nos debates do Supremo: “é necessário reconhecer o mérito dos evangélicos brasileiros”


Parlamentares evangélicos querem que Igrejas opinem nos debates do Supremo: “é necessário reconhecer o mérito dos evangélicos brasileiros” Preocupados com assuntos que interferem diretamente no modo de vida dos cristãos brasileiros, os parlamentares evangélicos apresentaram uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para que instituições cristãs de grande representatividade sejam convidadas a participar dos debates que precedem as decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Até o início do mês de Dezembro, os parlamentares haviam conseguido 190 assinaturas no Congresso para levar o projeto à votação. Segundo a CPAD News, o argumento usado pelos parlamentares é de que a representatividade dos cristãos é cada vez maior com o crescimento dos evangélicos, que caracteristicamente são mais ativos e participativos.
-“O movimento evangélico cresce no país. O sentimento de liberdade cívica gerado com o advento da República, quando a Constituição, como norma fundamental, assume grande significado político, tornando-se, sobretudo, instrumento de garantia individual e de limitação do poder do Estado, passou a iluminar o sistema jurídico nacional. Neste contexto, é necessário reconhecer o mérito dos evangélicos brasileiros em auxiliar na consolidação de princípios no âmago da Constituição, e na contribuição com a liberdade de culto e religião”, afirma o deputado federal João Campos, presidente da Frente Parlamentar Evangélica.

Para que isso se torne realidade, será necessário uma alteração no artigo 103 da Constituição Federal, com a inclusão de um inciso que legitime as instituições religiosas de âmbito nacional, como por exemplo, a Convenção Batista, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, Convenção Geral das Assembleias de Deus, Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Colégio Episcopal da Igreja Metodista, entre outros.
Com essa alteração na Constituição, os religiosos poderiam opinar nos debates que envolvem a sociedade, tais como, união estável e casamento civil para homossexuais, leis de combate e repressão à homofobia, direito ao culto, e demais assuntos que possam surgir.

Fonte: Gospel+

Rei Davi: ator da série bíblica da Record diz que até leu a Bíblia para interpretar personagem


Rei Davi: ator da série bíblica da Record diz que até leu a Bíblia para interpretar personagem Em Janeiro a TV Record estreia uma minissérie para contar a vida de Davi, e a
preparação da produção do programa envolveu palestras para os atores entenderem o contexto bíblico e histórico.
Um dos atores da minissérie, Léo Rosa, afirmou em entrevista ao portal Terra que na preparação para as gravações, precisou ler a Bíblia: “Tinha lido alguns salmos isolados, mas não a Bíblia como um todo. Agora, para a série, li as passagens de Davi e Salomão”.
Léo conta que o trabalho de produção e caracterização foi muito bem planejado e promete que a minissérie tentará ser fiel nesse quesito: “São nove meses para 29 capítulos. É uma linda produção. Estou muito ansioso para saber como vai ficar. É uma expectativa enorme. O todo é muito importante. Como é algo de cerca de 2500 anos atrás, é importante toda essa montagem para fugir do nosso mundo atual”, conta o ator.
A minissérie Rei Davi tem previsão de estreia para o dia 24/01, segundo o portal R7, e contará a trajetória de Davi, desde a juventude até sua morte.
Fonte: Gospel+

Malafaia elogia estratégia da Globo e critica Record: “não representa os evangélicos”

Malafaia elogia estratégia da Globo e critica Record: “não representa os evangélicos” O pastor Silas Malafaia concedeu entrevista à jornalista Heloísa Tolipan, do Jornal do Brasil e comentou a estratégia da TV Globo de abrir espaços para os evangélicos.
Para o pastor, a Globo aproveitou um fértil terreno que estava inesplorado. “Eles não são bestas. A Globo não está fazendo este movimento por amor ou porque os evangélicos são bonitinhos, mas sim porque as pesquisas feitas pelo próprio canal mostram que a comunidade gospel cresce e pode ser maioria, em breve, neste país. Se ela realmente investir em festivais ou programas voltados para o povo de Deus – e tenho fé de que um dia eles chegarão lá- terei o maior prazer em ser parceiro”, analisou Silas Malafaia.
Em duras críticas à TV Record e ao Bispo Edir Macedo, Malafaia afirmou que “a Record não representa os evangélicos e nem mete medo na Globo. Edir Macedo sempre foi sectário. Quando estava na boa, dizia apenas que fazia parte da Universal. Quando dá dor de barriga, conclama todo povo evangélico”.
Durante a exibição do Festival Promessas, foi veiculado um comercial do pastor Silas Malafaia oferecendo produtos de sua empresa, a Editora Central Gospel, e sobre o evento, Malafaia elogiou e fez observações de detalhes que ao ver dele, deveriam ser melhorados, como por exemplo a cidade escolhida para a gravação do evento.
“-Primeiramente, o horário de transmissão foi perfeito: domingo, 13h, é o momento em que o povo chega da igreja e está em seu lar para o almoço; o casting de artistas estava excelente e, por fim, a produção com padrão Globo de qualidade não falhou. Negativamente, enxerguei a duração da gravação, realizada em um sábado, de 14h a 22h… um tempo muito longo de um dia em que as pessoas saem para fazer compras. Teria de ser de 17h a 22h. Segundo ponto negativo: a burocracia para a realização do evento deve ser antecipada, já que tiveram de alterar o local por problemas com a licença, transferindo da Praia do Flamengo para o Monumento dos Pracinhas, atrasando a divulgação nas rádios evangélicas e o timing de propaganda para conclamar o público para o evento. E, por fim, eu, particularmente, não daria o start neste projeto partindo do Rio e sim por São Paulo. O Rio tem muitos eventos gospel, já SP, menos. Mas no frigir dos ovos, valeu muito”, pontou o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Fonte: Gospel+

O que é arrependimento?



O que é arrependimento? Eu acho que a maioria das pessoas não sabem o que é arrependimento. Elas vivem a vida cristã e o processo de santificação de acordo com 1 João 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. “Se confessarmos os nossos pecados…” – você sabe o que isso significa? Eu ouvi um estudioso da Bíblia dizer uma vez que confessar significa dizer o que Deus diz. O que Deus diz sobre pecado? Ele diz que é pecado. Então, o que eu digo? “É pecado, Deus. Perdoa-me, Deus, eu pequei novamente.” 1 João 1.9 diz: “.fiel e justo para nos perdoar”. “Sinto muito, Deus. Perdoa-me, Deus.” Que conceito errôneo de confissão!
Antes que você possa dizer o que Deus diz sobre pecado, você precisa ver o que ele vê. Arrependimento é o processo de ver o que Deus vê. Você nunca confessará de verdade enquanto não se arrepender antes. Confissão é fácil se vier depois do processo extremamente difícil de arrependimento. Se arrependimento fosse fácil, todos estariam se arrependendo. A maioria dos cristãos está presa em um ciclo de pecado, confissão, pecado, confissão, pecado, tomando posse da graça, citando 1 João 1.9 – mas sem qualquer mudança. Arrependimento é o processo de ver o pecado como Deus o vê. Não é uma coisa fácil de se fazer.
Arrependimento é mudança em todas as maneiras e em todos os níveis. Arrependimento não é mudar de cônjuge, de emprego, de endereço ou de amigos. Arrependimento é mudar no lugar em que é mais necessário. Arrependimento é mudar o interior da pessoa – a maneira como penso, como vejo, como sinto. Arrependimento não leva à mudança; arrependimento é mudança. Arrependimento é reconhecer o pecado pelo que é, seguido por uma tristeza do coração e culminando em uma mudança de comportamento. Você não se arrepende, e arrepende, e arrepende, e arrepende sobre as mesmas coisas, vez após vez. Não é que não possamos ter recaídas, mas arrependimento é mudança. Não penso mais sobre o pecado da mesma forma.
Arrependimento é minha mente, minhas emoções, minha vontade; é a totalidade de quem eu sou. Pense sobre a história do filho pródigo (Lc 15.11-32). Ele roubou a herança e acabou indo morar com porcos. Então, de repente, a Bíblia diz que ele caiu em si. Teve uma mudança de mente.
A Bíblia diz que arrependimento é um ato realizado em Deus (Jo 3.21). Você não o consegue fazer por si mesmo. Em Atos 5.31, diz: “Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.” Deus oferece isso a você. E veja em Atos 11.18: “E ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para a vida”.
Em 2 Timóteo 2.25, encontramos uma passagem clássica sobre o arrependimento ser uma obra de Deus. Paulo diz que os servos de Deus devem disciplinar “com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem a verdade…”.
Você não consegue ver a verdade por si mesmo. Se você ou alguém que você ama é prisioneiro do pecado, fica impossível para vocês enxergá-lo. Quando o filho pródigo estava naquele chiqueiro e voltou à razão, foi porque Deus o havia tocado. De repente, ele olhou em volta de si e pensou: “O que estou fazendo aqui?”.
Portanto, em primeiro lugar, ele teve uma mudança de mente. Depois teve uma mudança de coração. Ele teve este sentimento: “Não sou mais digno de ser chamado filho. Mereço ser escravo”. Passou a pensar de modo diferente sobre si mesmo. Antes ele estava inchado, mas depois voltou à razão e caiu em si.
Ele teve uma mudança de mente e uma mudança de coração, mas ainda faltava uma outra parte do arrependimento. Quando alguém realmente está se arrependendo, a vontade começa a unir-se à mente e a formar um plano. “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e lhe direi…” Quando a pessoa está verdadeiramente arrependida, não precisa dizer-lhe o que fazer. Ela descobre por si mesma quando Deus faz a obra em seu coração. Arrependimento é mente, é emoção, é vontade

por James Mcdonald

Eu era cego e agora vejo

Eu era cego e agora vejo … Há grande número de pessoas que permanecem fora da Igreja e de Cristo, nestes nossos dias, meramente porque… Parece que resolveram não permitir que o Evangelho atue sobre suas vidas enquanto não compreenderem o próprio Evangelho… Dizem que não desejam cometer suicídio intelectual, submetendo-se passivamente àquilo que não compreendem. Ter receio de passividade é coisa boa e legítima… O Evangelho não confere prêmio algum à nossa ignorância. De fato, ensina-nos que devemos usar a mente e os poderes de que Deus nos dotou. Mas (elas) são culpadas de uma falácia e se comportam de maneira exorbitante e irracional. Permita-me uma ilustração.

Parece evidente, não é verdade, que sabemos muito mais acerca da luz e do calor do que sabemos acerca do sol? Em outras palavras, compreendemos muitas coisas concernentes às funções e operações do sol, ao passo que o próprio sol, em sua natureza e constituição essencial, continua sendo um mistério para nós. Ou, tome-se como exemplo a eletricidade. Aqui, novamente, sabemos muito mais acerca do seu uso do que sabemos acerca da sua própria natureza. Nada de insensato existe em utilizar-nos dos benefícios oferecidos pela eletricidade, embora não entendamos o próprio fenômeno da eletricidade… Há muitas leis que foram descobertas… Podemos saber muita coisa acerca dessas leis sem compreender a natureza essencial da própria eletricidade. Esse conhecimento, por exemplo, salva-nos do perigo de pormos a mão em contato com uma corrente… No terreno religioso e teológico dá-se quase o mesmo.

O mistério da piedade continua sendo um mistério, e assim continuará para sempre… Mas não é esse o caso, no tocante aos efeitos, aos resultados e operações do Evangelho… (o qual) se caracteriza, acima de tudo mais… Por sua simplicidade essencial e por seu caráter direto… O Evangelho, por um lado, sempre deixou perplexos os maiores filósofos que o mundo já conheceu, mas, por outro lado, pode salvar até a uma criança.
Fonte: Cristo em Nós



A fé nos leva a Deus
A fé nos leva a Deus Na Carta aos Hebreus 10.38, a palavra do Senhor diz: O justo viverá pela fé, mas se ele recuar a minha alma não tem prazer nele.
Mas, o que é a fé? Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a certeza das coisas que não se vêem (Hebreus 11.1).
A Fé é o alimento que nutri e fortalece o nosso espírito. Ela aproxima o homem de Deus, traz comunhão e paz com o Senhor Jesus. É aceitação da doutrina revelada por Deus, e a confiança na obra salvadora de Cristo.
TESTEMUNHOS DE FÉ
Gostaríamos de levar aos amados, uma mensagem de exortação e encorajamento a uma maior interação e crescimento na Fé. É evidente que não estamos referindo a Fé popular só de saber a existência de Deus, e do seu amado Filho Jesus Cristo, que Ele gerou pela sua plenitude. Isso todos sabem e não produz fruto algum.
Porque a Fé que o mundo conhece, é lembrada somente na hora do desespero, é apercebida apenas pelos gritos de socorro no momento de angústia. Nessa ocasião, se reverenciam a Deus, mas nada mais pode ser feito, porque é uma Fé confessada por força de expressão. É uma Fé falsa, vazia e sem consistência, não há inspiração divina no seu conteúdo. E a palavra diz que Deus não houve a pecadores.
Mas queremos levar aos amados, uma FÉ viva, nascida do coração de Deus, que pode curar, libertar e ainda nos dá a certeza da salvação da vida eterna. Aquela Fé que arde o coração quando falamos do infinito amor do Senhor Jesus, porque essa Fé é um dom celestial, produzida pelo trabalho íntimo do Espírito Santo de Deus na alma humana.
Vamos lhe apresentar uma Fé semelhante a do Centurião de Cafarnaum, quando esse suplicava a Jesus pelo seu servo, e Cristo propôs ir a sua casa e ele recusou dizendo: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas diz somente uma palavra, e o meu criado sarará. Aquele Centurião não fazia parte da linhagem do povo judeu, mas tamanha era a sua Fé, que até Jesus ficou surpreso, e maravilhado disse: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta Fé (Mateus 8:8).
Centurião: Oficial do Exército Romano, comandante de uma tropa de cem homens, era dotado de uma Fé impar, e pelos olhos do Espírito, havia nele a certeza estar diante da grandeza do Filho de Deus. Não se sentiu merecedor de receber Jesus sob o seu teto, mas confiou que, pela sua palavra as maravilhas aconteceriam na vida do seu servo.
Fé exemplificada pelo servo Estevão, o qual viu o céu aberto e o Salvador a Destra do Pai. Sendo apedrejado até a morte permaneceu fiel. E ao entregar o seu espírito a Deus, não pediu vingança para os seus agressores, mas pediu ao Pai que lhes perdoassem.
Fé como a do Apóstolo Paulo que, mesmo sabendo das aflições que lhe esperavam em Jerusalém não temeu e nem recuou, mas disse: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser preso, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.
Não poderíamos deixar de exaltar aqui a Fé viva e consistente nas pessoas dos demais apóstolos e discípulos do Senhor Jesus Cristo, os quais viveram sob perseguições, açoites, prisões, fome, frio, flagelo, mortes violentas. Realizaram a maior obra evangélica sobre a face da terra, suportaram tudo, pela Fé em Cristo e pelo júbilo que lhes estava proposto. Submeteram-se a servidão, fazendo sempre a vontade do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Deixaram ao alcance dos nossos olhos, o maior exemplo e testemunho de Fé, dedicação e coragem para refletirmos nos momentos de aflição e angústia, para aprendermos a confiar em Cristo e conhecer, que por mais difícil que as situações sejam não desfaleçamos, mas sejamos fortalecidos na Fé e tenhamos a confiança e certeza que não estamos sós, porque o Senhor será conosco, onde quer que estejamos se fizermos a sua vontade.
A FÉ COMO UM GRÃO DE MOSTARDA
No Evangelho de Mateus 17.20, Jesus, exorta os seus discípulos por causa da pequena Fé; dizendo: Se tiverdesFé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.
O Senhor Jesus, numa linguagem figurada, comprova o poder da confiança que precisamos alcançar. Compara um grão de mostarda, a menor semente, para transluzir a grandeza dos feitos dessa obra que, pela Fé, seremos capazes de realizar.
É evidente que a transposição dos montes é uma demonstração alegórica, porque se assim fosse, estaríamos alterando o curso da natureza. Mas o Senhor nos encoraja a enfrentar as montanhas de problemas que se surgem diante de nós no cotidiano, e transmite a confiança que, estando revestidos de Fé, não haverá barreira intransponível para o servo de Deus, porque em Cristo, somos mais que vencedores.
SOBRE A PALAVRA DE CRISTO
No Evangelho de Lucas 5:1 a 5, Jesus, após ter usado o barco de Pedro para anunciar a multidão que o seguia, e sabendo Ele que os pescadores não haviam apanhado nada durante toda a noite, mandou Pedro, que novamente lançasse a rede ao mar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.
Observem que Pedro já estava lavando as redes, sendo ele exímio pescador, sabia que não havia mais razão nenhuma para persistência, pois havia encerrado a sua jornada de uma exaustiva e frustrante noite de trabalho, sem nada apanhar. Mas quando o Senhor Jesus mandou que novamente lançasse a rede, não hesitou, e pelos olhos da Fé, em viu em Cristo o poder para fazer o impossível.
Creu incondicionalmente na palavra do Senhor, e deu prova disso dizendo: Senhor eu já trabalhei a noite toda sem nada apanhar, mas sobre a tua palavra, lançarei a rede. E assim procedeu e a rede se encheu de tal forma que não conseguira retira-la sozinho.
Essa é a medida da Fé que nós também precisamos atingir. Crer na palavra do Senhor incondicionalmente, sem hesitar e sem nada duvidar. Precisamos crer, ter a certeza e confiar que Deus é conosco e a sua palavra não voltará para si vazia, antes faz tudo o que lhe agrada, segundo a sua vontade.
EXORTAÇÕES DO SENHOR JESUS SOBRE A FÉ
Em Lucas 8.43 – 48, diz: E uma mulher que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara todos os seus bens com os médicos e por nenhum pudera ser curada; Chegando por de trás de Jesus, tocou na orla de suas vestes e o fluxo de sangue estancou imediatamente.
E disse Jesus: Quem é que me tocou? E negando todos, disse Pedro e os que estavam com Ele: Mestre a multidão te aperta e te oprime, e dizes tu quem é que te tocou?
Disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem sei que de mim saiu virtude. Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo, e, prostrando-se ante Ele, declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como logo sarara. E Ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.
Considerem quantos da multidão apertavam e oprimiam a Jesus sem receber nenhuma dádiva. Agora imaginem a Fé, dessa irmã. No meio da multidão, ela conseguiu apenas tocar nas vestes de Cristo e imediatamente foi curada. Jesus sentiu sair dele virtude e perguntava quem havia tocado nele com fé, e Pedro lhe disse: Mestre a multidão te aperta e te oprime, e dizes tu quem é que te tocou?
Portanto amados, não seja você só mais um na multidão dos que apertam e oprimem a Jesus sem nada receber, ma seja revestido de fé, não busque em Cristo a prosperidade só para as coisas materiais, mas creia verdadeiramente que a sua fé vai tocar não nas vestes, mas no coração de Jesus. E Cristo vai lhe prosperar tanto quanto prosperou aquela mulher, a qual alem de receber o milagre da cura, ainda foi agraciada com a paz do Senhor Jesus e a oferta da vida eterna.
Você poderá avaliar o imensurável poder da fé? Num simples gesto, quantas obras e maravilhas aconteceram na vida daquela senhora, foi uma verdadeira revolução. Assim também, Cristo quer fazer em sua vida, uma obra completa através da sua fé.
São inúmeros os testemunhos de libertações, curas e milagres, pela Fé, no Evangelho do Senhor Jesus. É importante observar, quando Ele curava, e libertava os oprimidos, deixava evidente a vinculação da cura, segundo a Fé, ou melhor, o Senhor Jesus condicionou que só receberemos benções conforme a medida da nossa Fé. Ele mesmo disse que não seremos ouvidos pelo muito falar, porque o Pai conhece as nossas necessidades, antes mesmo de suplicarmos suas misericórdias.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Congregação Cristã no Brasil





Introdução:

A Congregação Cristã no Brasil é vista por alguns como uma seita, por outros , como um movimento contraditório. Nosso objetivo nesta lição é demonstrar o caráter sectarista e exclusivista desta Igreja, fato que nos impele a tratá-la no mínimo como um movimento contraditório; pois suas doutrinas são fundamentadas em versículos isoladas das Escrituras e mal interpretados, como também vêem as demais Igrejas como seitas.


1. Fundador:

Luis Francescon , nascido em 29 de março de l866, na comarca de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália. Imigrou para os E.U.A. após servir ao exército, chegando à cidade de Chicago, Estado de Illinois em 1890. No mesmo ano começou a ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891 teve compreensão do novo nascimento e aceitou a Cristo como seu Salvador. Em março de ano seguinte, junto ao grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da Igreja Valdense, fundaram a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, tendo sido eleito Filippo Grili como pastor e Francescon como diácono e, após alguns anos, ancião dessa Igreja.

a) Sua experiência com o novo batismo.

Conforme o próprio relato de Luis Francescon, após três anos de freqüência e organização da Igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia a Bíblia Sagrada, em Cl 2,12 "Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos". No momento da leitura ouviu duas vezes as seguintes palavras "Tu não obedecestes a este meu mandamento". A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado pelo Igreja Presbiteriana Italiana.

b) Rompimento com a Igreja Presbiteriana.

Com a viagem do Pastor Filippo Grilli para a Itália, coube a Francescon, como ancião, presidir à reunião no dia 6 de setembro de l903 ,(domingo), oportunidade em que, após 9 anos da revelação acerca do batismo, falou com a Igreja acerca deste assunto, o que fez, convidando a todos os membros da Igreja Presbiteriana para assistir ao seu batismo por imersão. O batismo foi realizado no dia 7 de setembro de l903, onde compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18, incluindo Francescon, foram batizados. Com a chegada do Pastor Filippo Grilli, da Itália, Francescon não pode fazer outra coisa que pedir seu desligamento daquela Igreja, e o grupo batizado, juntamente com ele, também se desligou, mesmo a revelia. Assim estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre reunindo-se na casa dos irmãos.

c) O Batismo com Espírito Santo:

Em fins de l907, o grupo liderado por Francescon tomou contato com o nascente movimento pentecostal, participando das reuniões realizadas na missão localizada na West North Avenue,943, que tinha como pastor William H. Durhan, oriundo do movimento Azuza, de Los Angeles. No dia 25 de agosto de l907, naquela missão, Luis Francescon recebeu o Batismo com Espírito Santo, e algum tempo depois o Pr Durham informou a ele que o Senhor o tinha chamado para levar sua mensagem à colônia Italiana, e o movimento foi se expandindo.



2. O Estabelecimento da Igreja no Brasil .

Depois de ter estabelecido o trabalho na Argentina, Francescon e Giacomo Lombardi dirigiram-se ao Brasil em 8 de março de l910, com destino a São Paulo. No segundo dia de estada no Brasil encontraram um italiano chamado Vicenzo Pievani, na Praça da Luz, onde pregaram o evangelho. Parece, todavia, que de início seu trabalho foi pouco promissor, até que em 18 de abril, G. Lombardi partiu para Buenos Aires, e Francescon foi para Santo Antonio da Platina, no Paraná, chegando lá em 20 de abril de l910, e deixou estabelecido ali um pequeno grupo de crentes pentecostais, o primeiro grupo desse segmento no Brasil.

a) O trabalho em São Paulo.

Ao retornar em 20 de junho para são Paulo, após um contato inicial com a Igreja Presbiteriana do Brás, onde alguns membros aceitaram a mensagem pentecostal, bem como alguns batistas, metodistas e católicos romanos, surge a primeira "Congregação Cristã" organizada no país. Já, no mês de setembro, Francescon segue novamente para o Paraná, deixando ali a novel igreja sem maior respaldo. A partir daí, o trabalho da Congregação Cristã espalha-se por onde existe colônias italianas, notadamente na região sudeste do país, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná, onde até hoje se concentram. Seu fundador, o ancião Louis Francescon, faleceu em 7 de setembro de l964, na cidade de Oak Park, Illinois, USA.

b) O desenvolvimento da Igreja.

Diante dos relatos acima, podemos ver que a história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foram se adequando a certos individualismos . Baseados na história narrada pelo próprio Francescon, podemos declarar que o comportamento da congregação cristã hoje é bem diferente de seu fundador; pois o mesmo mantinha comunhão com irmãos de denominações diferentes. Gunnar Vingrem narrou em seu diário o encontro com Francescon em um clima de muita comunhão e espiritualidade em 1920 em São Bernardo do Campo.

c) Causas do individualismo.

Primeiramente, devemos ter em mente que a Congregação Cristã teve origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação , de onde veio seu fundador e boa parte de seus primeiros membros. Isso, somado ao fato de que algumas profecias davam conta de que lhe seriam enviados os que haveriam de se salvar, além do fato de o ancião Francescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, mas, como ele mesmo escreveu, esteve em nosso país cerca de dez vezes, em períodos intercalados. Esses fatos Com certeza causaram grandes vácuos na interpretação e orientação da liderança nacional, levando a surgir uma interpretação extremista dos conceitos calvinistas.



3. Doutrinas Da Congregação Cristã no Brasil:

Ao analisar o pensamento doutrinário da Congregação Cristã no Brasil, temos a impressão de que seus líderes criaram um Evangelho segundo a CCB. A maioria de seus adeptos defendem o pensamento errôneo de que a salvação só é possível na sua própria Igreja: "A gloriosa Congregação". Desenvolveram inconscientemente a doutrina da auto-salvação, ou da religião salvífica, e conseqüentemente, por tabela o monopólio da salvação, com todos os direitos reservados à CCB, uma espécie de "copyrigth".

a) Sobre o estudo da Bíblia.

A CCB ensina que o Espírito Santo dirige tudo, e não é necessário se preparar, examinar ou meditar nas Escrituras Sagradas. Sem dúvidas, o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja, mas isto não significa que devemos desprezar o estudo das Escrituras. É uma postura que desvirtua um dos propósitos de Deus, que é o exame de sua Palavra. "Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detêm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite". ( Sl 1.1); Veja ainda 2 Tm 2.15; Sl 119.105; Pv 7.1-3; Dt 6.6-9; 1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13; Pv 9.9; Sl 119.9-16; Sl 19.7-8; Sl 1.1-2. Essas referências já são suficiente para provar que o pensamento da CCB é contrário a Palavra de Deus. Os membros da CCB não conhecem a Palavra de Deus e fazem questão de dizer que não sabem para dar a entender que tudo que falam provém do Espírito Santo. Uma atitude completamente contrária a de seu fundador.

b) Sobre o Batismo.

A CCB não conhece a Batismo efetuado por ministros do Evangelho de outras denominações, mesmo que seja por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ( Mt 28.19). Na verdade não dá para concordar com a maneira ou forma pela qual ela ministra nas águas às pessoas sem preparo algum, todavia não desmerecemos tal batismo, mas reconhecemos que sua validade depende mais do batizado. A CCB diz não reconhecer o Batismo de outras denominações pelos seguintes argumentos: "o batismo de outras denominações cristãs está errado, porque utilizam a expressão "eu te batizo". A CCB entende que ao dizer "eu te batizo" é a carne que opera e o homem se coloca na frente de Deus. "O Batismo só é válido se efetuado com esta fórmula: Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". "O Batismo da CCB purifica o homem do pecado". Parece que a CCB, além de não conhecer a Bíblia, desconhece também, a língua portuguesa. Que diferença há em dizer: "Eu te batizo" ou "Te Batizo". O sujeito não está oculto? Além do mais, se, pelo fato de utilizar a expressão "eu te batizo", estivermos aborrecendo a Deus , então João Batista teria ofendido a Deus, pois ele dizia "eu vos batizo com água..." Será que a CCB acha que João Batista era carnal e se colocava na frente de Deus?

c) Sobre o uso do véu para as mulheres.

Se a CCB tivesse adotado a prática de suas mulheres usar o véu, mas não condenasse as que não usam, não teríamos nada a dizer. Convém salientar que o uso do vestuário no culto, tal como véu, chapéu, roupas etc, depende de cada cultura , pois "os costumes se alteram e as exigências também": Essa questão do véu transformou-se em polêmica por parte de alguns, mas, porém, basta estudar a questão cultural dos orientais paras se perceber que é apenas um costume local.



4. Outros erros doutrinários da CCB

De acordo com o exposto, a CCB não suportaria um exame sério das Escrituras, fato característico das seitas; porque sua interpretação foge às regras da hermenêutica sagradas. Tudo que acontece nessa Igreja está relacionado ao sentimento. É sempre necessário sentir para se realizar alguma obra ou até mesmo para orar por alguém. Essa teologia do sentimento afasta o homem de Deus e da Bíblia, como prova sua própria história.

a) A Saudação da CCB.

A CCB nos acusa de saudar com a "paz do Senhor". Citam para justificar esse conceito a seguinte expressão: "devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a Paz do Senhor, porque existem muitos senhores, mas Deus é só um. Essa acusação da CCB se desfaz em pó com somente um versículo que Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios 8.5,6, que diz: "Porque, ainda que haja também alguns que se chamam deuses, quer no céu como na terra( como há muitos deuses e muitos senhores). Todavia para nós há um só Deus, Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele". A CCB não consegue entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudando com a paz do nosso grande Senhor Jesus Cristo. Conf. Jo 14.27.

b) O Ósculo Santo.

A CCB insiste em adotar costumes orientais, muitos deles registrados na Bíblia, como é o caso do ósculo santo, pensando com isto estar em posição espiritual superior à dos outros. Esse é um costume que perdura até hoje no oriente. O ósculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo. Tem servido igualmente como parte da expressão judaica em suas saudações, tanto nas despedidas como também na forma de demonstração geral de afeto. Ver Gn 29.11; 33.4. Também parece ter sido um sinal de homenagem entre os israelitas conf. 1 Sm 10.1. O ósculo dado aos ungidos de Deus, por semelhante modo, parece ter-se revestido de significação religiosa, o que também se verifica entre outras culturas. Quando Paulo recomendou que se saudasse uns aos outros com ósculo santo, simplesmente estava falando de um costume existente. Caso fosse no Brasil, certamente seria mencionado o aperto de mão ou o abraço. Essa é uma questão cultural, que também não é compreendida pela CCB.

c) O Dízimo:

CCB da a César o que é de César, mas quando é para dar a Deus inventam muitos argumentos e obstáculos. Ensinam os Anciãos da CCB que o dízimo é da lei e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe. A Bíblia ensina que o dízimo é santo; a CCB ensina que é profano. A Bíblia ensina que o dizimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB ensina que o dízimo é para ladrões. Jesus não condenou a prática do dízimo (Mt 23.33); condenou, sim, os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da Lei de Deus, mas não condenou o dízimo praticado até pelo pai dos crentes, Abraão.( Gn 14.20). O Autor da epístola aos Hebreus falou sobre a prática do dizimo na atual dispensação. ( Hb 7.8-9).



Conclusão:

Procuramos destacar alguns pontos contraditórios da Congregação Cristã, ainda que sucintamente, mas cremos ser o suficiente para mostrar que essa denominação é exclusivista. Parece que o céu foi feito só para eles e que a salvação só existe em sua denominação e em questão de Bíblia só a interpretação deles é válida. Para eles somente sua liderança é Bíblica, somente sua maneira de orar é válida e a pregação do evangelho só é correta através de seus membros. Sem dúvidas , a Congregação Cristã No Brasil está completamente desviada de seus propósitos iniciais. Precisa urgentemente voltar ao primeiro amor conf. Ap 2. 4,5



Questionário:

1. Que foi o fundador da CCB?
R: Luis Fracescon.

2. Qual a principal característica da CCB?
R: Sectarista e exclusivista.

3. Qual a posição da CCB sobre o estudo da Bíblia?
R: Ensinam que o Espírito Santo dirige tudo e não é necessário se preparar e examinar as Escrituras.

4. Que diferença há entre: "Eu te batizo" e "Te batizo"?
R: Nenhuma. Apenas o sujeito está oculto na expressão: "te batizo".

5. Prove que o Dízimo não é apenas da Lei.
R: O dízimo foi praticado antes da Lei ( Gn 14.18-29; 28.20-11); durante a Lei ( Lv 27-30-34: Ml 3.8-10) e na atual dispensação ( Hb 7.8-9) e foi aprovado por Jesus Mt 23.23.

6. Por que o ósculo santo não é uma doutrina?
R: Porque é apenas um costume oriental.



SUPRIMENTO PARA PROFESSORES:

Formação da Igreja

No dia 4 de setembro de l909, Francescon e Giacomo Lombardi (iniciador do movimento na Itália), embarcam em Chicago, para a cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, em contato com familiares de membros da Igreja norte-americana, instalaram o trabalho pentecostal entre a colônia italiana dali. Hoje, a Igreja que ali surgiu foi incorporada pela Igreja Cristã Pentecostal da Argentina.

Sobre Dízimos.

Convém destacar que o dízimo foi praticado antes da Lei ( Gn 14.18-29; 28.20-11); durante a Lei ( Lv 27-30-34: Ml 3.8-10) e na atual dispensação ( Hb 7.8-9) e foi aprovado por Jesus Mt 23.23. É estranho que a CCB combate o dízimo, mas instituíram as seguintes ofertas: Ofertas da piedade, oferta para compra de terrenos; ofertas para fins de viagens; ofertas para conservação de prédios e ofertas de votos. Isso que é hipocrisia, combatem o dízimo bíblico e ao mesmo tempo instituíram várias ofertas para suprir a ausência do dízimo. Convém ainda destacar que essas ofertas foram inventados por eles, sem nenhum fundamento bíblico. A Bíblia fala de dízimos e ofertas, mas não acrescenta nas ofertas esses nomes por eles acrescentados.

Sobre a liderança da CCB.

Para a CCB, existe somente o ancião e ensinam que todo pastor é ladrão . A irmandade inteira sai repetindo o assunto, como se fosse um eco do ancião. Condenam a função de presbítero mas ainda não descobriram que "Ancião" é a forma hebraica para presbítero no grego. Eles são tão incoerentes que no parágrafo 10 das doutrinas da CCB, diz: "Nós cremos que o Senhor Jesus Cristo tomou sobre si nossas enfermidades. Está alguém entre vós doente? Chame os Presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor..." (Tg 5.14-115). Quanto às passagens que dizem respeito ao ministério da Igreja encontram-se em: Ef 4.11; Atos 6; Tt 1.5; Hb 13.7-17 etc. Certamente os membros da CCB as desprezaram, ou então, ignorantemente, dirão que essas passagens são espirituais, e não materiais. Só que quando se refere somente a ancião e diáconos, aí tornam-se misteriosamente materiais.

Sobre a pregação do Evangelho.

A CCB defende que não se deve sair para evangelizar, utilizando-se novamente de versículos bíblicos fora do contexto. Eis aqui os versículos citados pela CCB: Mt 6.5; Mt 7.6: Mt 12.18-21. Apegados a estes versículos a CCB busca desesperadamente justificar sua recusa ao "ide" do Senhor Jesus. Jesus não ordenou que seus discípulos esperassem, até que alguém sentisse que deveria aceitar o evangelho. Jesus jamais disse ao pecador: "Se sentires e fores ao templo será salvo". Ao contrário, Ele disse a Igreja: ": Ide por todo mundo; pregai o evangelho a toda criatura".,( Mc 16.15); Veja ainda: At 2.14-36; At 16.25-34; At 17.22-31; At 1.8; 17.17; 16.13; 21.15; Rm 1.14-15; 1 Co 9.16 etc. Esperamos que a CCB examine melhor as Escrituras e comece a viver um Evangelho sem máscaras...

Sobre a oração somente de joelhos:

A CCB diz que somos fariseus por oramos de pé. Se a oração fosse de fato como dizem, como poderíamos cumprir o que Paulo diz em 1 Ts 5.17 "Orai sem cessar". É verdade que o texto de Lc 18.11 declara que o fariseu estando em pé orava e sua oração não foi ouvida. Mas no v. 13 declara que o publicano achava-se também em pé e sua oração foi ouvida, V.124. Logo, não é a posição do corpo que influiu na resposta de oração, mas a situação do coração. ( Is 1.15-16; 9.1-2). A Bíblia aponta várias posições para oração: Oração de olhos abertos e em pé (Gn 18.22; Jo 11.41-42); oração sentado ( At 2.1-4); oração de cócoras ( 1 Rs 18.42; Oração no ventre do peixe ( Jn 2.1-3); Oração deitado na cama ( Is 38.2-3; Sl 4).

Fundador.

Observe o testemunho do fundador: "No mesmo ano, ouvi o Evangelho por meio da pregação do irmão Nardi. Em dezembro de l891 tive do Senhor a compreensão do novo nascimento". (CCB - História da obra de Deus).


Copiado de http://www.planetaevangelico.com.br/religioes/. Autor anônimo.




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Inferno: Mito ou Realidade

Você já percebeu que quase tudo (ou tudo) na vida é constituído de opostos: doce e amargo, quente e frio,.
Você já percebeu que quase tudo (ou tudo) na vida é constituído de opostos: doce e amargo, quente e frio, branco e preto, rico e pobre, bem e mal, bonito e feio, positivo e negativo, justiça e injustiça, homem e mulher, gordo e magro, santidade e pecado. Assim, se existe um Céu também existe um Inferno, mesmo que esta verdade incomode muitas pessoas. Negar a realidade do Inferno não muda o fato de que ele existe.
Nesta artigo estudaremos os ensinos da Bíblia a respeito do Inferno e veremos que o Inferno é tão real quanto o Céu.
I. DESCOBRINDO A VERDADE
1. Opiniões erradas a respeito do Inferno. Muitas pessoas negam a existência do Inferno considerando-o um mito inventado pelos contadores de história da Grécia antiga. Estes são aqueles que não distinguem perfeitamente a ficção da realidade. Outros afirmam que o Inferno é uma invenção da Igreja Medieval para impedir as pessoas de se rebelarem contra o poder eclesiástico. Estes são aqueles que culpam a igreja pelo medo que as pessoas têm do castigo eterno. Há ainda os que pensam que o Inferno é aqui na terra. São os mesmos que acreditam que “o que aqui se faz aqui se paga”. Todavia, nenhuma dessas pessoas tem autoridade para afirmar ou negar a existência do Inferno.
2. Os ensinos da Bíblia acerca do Inferno. De acordo com a Bíblia o Inferno é um lugar real. Não é ficção, muito menos uma forma de dominação sobre as mentes fracas. Pelo contrário, é um lugar de sofrimento eterno para aqueles que não amam a Deus. Creia na Palavra de Deus quando ela afirma que o Inferno existe. Vejamos algumas afirmações a respeito do Inferno.
a) O rei Davi. Davi foi rei, músico, guerreiro, escritor e poeta. No Salmo 9.17 ele afirma que “os ímpios serão lançados no inferno” (ARC). De acordo com Davi, o inferno é um lugar de tormento e julgamento dos homens maus. Ele falou do Inferno nos Salmos 16.10 e 18.5, como um lugar de angústias, aperto e tristeza.
b) O profeta Daniel. Daniel foi um profeta de Israel levado como prisioneiro pelos babilônicos quando ainda era muito jovem. Ele profetizou a respeito da glória e queda de impérios como a Grécia e Roma. No capítulo 12, versículo 2 de seu livro, ele recebeu uma mensagem de um anjo que lhe disse que “Muitos dos que já tiverem morrido viverão de novo: uns terão a vida eterna [no Céu], e outros sofrerão o castigo eterno e a desgraça eterna [no Inferno].
c) Jesus, o Filho de Deus. Ninguém tem mais autoridade para falar do Inferno do que Jesus, o Filho de Deus. Para desespero de algumas pessoas, Jesus confirmou que o Inferno é um lugar real. Ele disse em Mateus 5.29,30: “Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno” (ARC). Ainda em Mateus 10.28 Jesus afirmou: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (ARC). Jesus muito ensinou sobre o inferno em outros textos, segundo Ele o inferno é um lugar de “pranto e ranger de dentes” (Mateus 13.49,50 – ARC), “preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25.41 – ARC), “onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Marcos 9.43-48 – ARC). Leia  o texto de Lucas 16.19-31.
d) João, o Apóstolo. Ele foi o escritor do livro de Apocalipse. Nesta obra, João descreve o inferno como um lugar de tormento eterno com fogo ardente e enxofre (14.10,11; 19.10; 20.11-15). De acordo com a Bíblia “os covardes, os traidores, os que cometem pecados nojentos, os assassinos, os imorais, os que praticam a feitiçaria, os que adoram ídolos e todos os mentirosos” serão lançados no “lago onde queima o fogo e o enxofre” (21.8 – NTLH).
Este terrível lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos. Porém muitas pessoas rejeitam a Jesus, como único e suficiente Salvador e, como conseqüência, o Filho de Deus também as rejeitará quando chegar o Dia de o Senhor julgar os homens.

II. COMPREENDENDO A VERDADE

Por meio dos Salmos de Davi, da profecia de Daniel, do ensino de Jesus e da revelação dada ao apóstolo João aprendemos que o Inferno existe. Agora, compreenderemos três verdades a respeito do Inferno.
1ª Verdade: O Inferno foi criado para que Satanás e seus demônios recebam o justo castigo pelas suas maldades. O inferno não foi criado para os homens, mas sim para que o Diabo e os demônios recebam a devida punição por suas maldades: “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25.41 – ARC). Saber que o Inferno não foi criado para a criatura humana é uma verdade confortadora, entretanto, as pessoas que rejeitam ao Senhor Jesus serão condôminos com o Diabo nesse lar infernal.

2ª Verdade: O Inferno será o último e definitivo lar daqueles que rejeitam a Jesus e praticam a maldade.
Em Mateus 13.40-42 Jesus afirmou que: “Assim como o joio é ajuntado e jogado no fogo, assim também será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal. Depois os anjos jogarão essas pessoas na fornalha de fogo, onde vão chorar e ranger os dentes de desespero” (NTLH).
3ª Verdade: O Inferno é uma manifestação da justiça de Deus, que recompensará os justos com o Céu e castigará os maus com o Inferno. A Bíblia afirma que “Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é” (Deuteronômio 32.4 – ARC). Ele é justo em todos os seus caminhos e santo em tudo o que faz (Salmos 145.17). Se em nossa sociedade os maus são justamente punidos ao serem encarcerados para que paguem pelos seus erros, assim também os ímpios serão castigados por Deus ao serem lançados no Inferno. Ainda hoje muitas pessoas que praticam o pecado escapam da justiça dos homens e chegam mesmo a prosperar (Salmos 73.3), entretanto jamais fugirão da justiça de Deus, que retribui a cada um segundo suas obras. Os homens se tornaram tão depravados e malignos que receberão um castigo eterno: o Inferno. A Bíblia diz que se “Deus não deixou escapar os anjos que pecaram, mas os jogou no inferno e os deixou presos com correntes na escuridão, esperando o Dia do Julgamento [...] Ele castigará especialmente os que seguem os seus próprios desejos imorais e desprezam a autoridade dele” (2 Pedro 2.4,10 – NTLH).
4ª Verdade: Jesus Cristo é o único que pode livrar o homem da condenação do Inferno. Aquele que tem poder para lançar o homem no Inferno é o mesmo que tem poder para livrar o homem da condenação do Inferno. Em Lucas 12.5 Jesus afirmou: “Tenham medo de Deus, que, depois de matar o corpo, tem poder para jogar a pessoa no inferno. Sim, repito: tenham medo de Deus” (NTLH Leia mais uma vez o texto de 2 Pedro 2.4-10). Jesus venceu a morte e o Inferno através do poder de sua ressurreição. Em Apocalipse 1.18 o Senhor afirma: “Fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno” (ARC). Ter “as chaves” significa ter “autoridade sobre”. Jesus tem autoridade e poder sobre a morte e o inferno. Em 1 Coríntios 15.55, Paulo, depois de compreender o poder de Cristo sobre a morte, disse: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?”. Portanto, Jesus tem poder e autoridade para livrar o pecador da condenação do Inferno. Ele quer livrar o homem desta condenação eterna. Seja fiel ao Senhor Jesus e serás salvo desta terrível condenação.

III. APLICANDO A VERDADE

A morte e o Inferno são duas realidades presentes no mundo, assim também como a vida e o Céu. Certa vez um cristão foi vitimado por febre tifo e, na manhã de sua partida deste mundo, chamou a esposa e disse: “Querida, preguei muito acerca do céu, tentando descrever a beleza celeste aos homens, porém nunca sonhei com um céu tão belo como este que agora vejo!” Não temas o Inferno, mas tenhas vontade de ir morar no Céu com Cristo. Jesus preparou o Inferno para o Diabo, mas o Céu para aqueles que o amam. Qual das duas opções você deseja? O Céu. Mas para isto é necessário crer em Jesus como Salvador e servi-lo fielmente até o fim.
PENSE
Disse Jesus: “Não tenham medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Eu sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre. Tenho autoridade sobre a morte e sobre o mundo dos mortos” (Apocalipse 1.17,18).
Autor: Esdras Bentho
Fonte: CPAD NEWS

sábado, 24 de dezembro de 2011

O Natal e o Nome do Menino


"Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1:21).

De acordo com o relato acima do Evangelho de Mateus, o nome de Jesus Cristo foi dado pelo anjo Gabriel quando anunciou seu nascimento a José, desposado com a virgem Maria.  Gabriel não somente disse que Maria estava grávida pelo Espírito Santo de Deus como orientou José a chamar o filho de "Jesus". 

A razão para este nome, cuja raiz em hebraico significa "salvar," é que aquele menino, filho de Maria e Filho de Deus, haveria de salvar o seu povo dos seus pecados, conforme anunciou o anjo.
Não precisamos ir mais longe do que isso para entender o significado do Natal. Está tudo no nome do Menino. No nome dele, Jesus, temos a razão para seu nascimento, a sua identidade e a missão de sua vida. Em outras palavras, aquilo que o Natal realmente representa.

A razão do seu nascimento é simplesmente esta, que somos pecadores, estamos perdidos, não podemos resolver este problema por nós mesmos e precisamos desesperadamente de um Salvador, alguém que nos livre das consequências passadas, presentes e futuras dos nossos erros. Deus atendeu nossa necessidade escolhendo um homem como nós para ser nosso representante e Salvador, alguém que partilhasse da nossa humanidade e fosse um de nós. Esse homem nasceu há dois mil anos naquela manjedoura da cidade de Belém, num pais remoto, lá no Antigo Oriente. E ganhou o nome de Jesus por este motivo.

Sua missão era assumir nosso lugar como nosso representante diante de Deus e sofrer todas as consequências de nossos pecados, erros, iniqüidade, desvios e desobediências. Em vez de castigar-nos com a morte eterna, como merecemos, Deus faria com que ele a experimentasse em nosso lugar, que ele experimentasse toda dor e sofrimento conseqüentes dos nossos pecados. Essa missão foi revelada logo ao nascer pelo anjo Gabriel ao recitar seu nome a José: Jesus.

Para nos salvar de nossos pecados, ele teria de sofrer e morrer, ser sepultado, ficar sob o domínio da morte e desta forma pagar inteiramente nossa dívida para com Deus. Somente assim poderíamos ser salvos das consequências eternas de nossa desobediência. Mas, para que os benefícios de seu sofrimento e de sua morte pudessem ser transferidos a outros seres humanos, ele não poderia ter pecado ou culpa pois, senão, ao morrer, estaria simplesmente recebendo o salário do seu próprio pecado. Mas, se ele fosse inocente, sem pecado e perfeito, sua morte teria valor para os pecadores. Por este motivo, ele foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, ainda virgem, Filho de Deus, sem pecado. O Salvador tinha que ser Deus e homem ao mesmo tempo.

Quando um colunista, que objeta ao nascimento sobrenatural de Jesus, escreveu recentemente em um jornal de grande circulação de São Paulo que virgens não dão à luz todos os dias, ele estava mais certo do que pensava. Esse é o único caso. Jesus é único. Deus e homem numa só pessoa. Nem antes e nem depois dele virgens engravidam sobrenaturalmente. Da mesma forma que Deus não cria mundos todos os dias, também não gera salvadores de virgens cotidianamente. Pois nos basta este.

O famoso teólogo suíço Emil Brunner disse que todo homem tem um problema no passado, no presente e no futuro. No passado, culpa. No presente, medo. E no futuro, a morte. Jesus nos salva de todas estas consequências do pecado: nos perdoa da culpa de nossos erros passados, nos livra no presente do medo ao andar conosco e nos livrará da morte pois ressurgiu dos mortos e vive à direita de Deus. Um dia haverá de nos ressuscitar.

É isto que o Natal representa. É por isto que os cristãos o celebram com tanta gratidão e alegria. Nasceu o Salvador. Nasceu Jesus!  Como este anúncio alegra o coração daqueles que têm culpa, sentem medo e sabem que vão morrer!

Augustus Nicodemus Lopes (IPB)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


A qual Jesus você serve?


Por Leonardo Gonçalves


Imagem extraída em: mataleonebr.blogspot.comCada vez fica mais evidente a diferença entre aquilo que Cristo pregou e viveu, e aquilo que os seus discípulos pregam e vivem. Muitos “seguidores” de Cristo parecem ignorar diversos fatos da vida do Mestre, dando a clara impressão de servirem a outro Jesus, que não é o da Bíblia.

Vemos os “discipulos” da atualidade ensinando uma religião hedonista, onde Cristo não é o salvador da alma, e sim o salvador “da pele”. O objetivo principal dessa religião não é ser salvo ou agradar a Deus, mas desfrutar de todas as benesses de uma vida religiosa. Promete-se uma vida de abundante felicidade e isenta de enfermidade ou dor, um oceano cor-de-rosa! Não há nele qualquer menção ao sofrimento, afinal, os filhos de Deus não sofrem nunca, e jamais serão pobres: “Nosso Deus é o dono do ouro e da prata” (Ag 2:8), dizem, ignorando completamente que esse ouro é dele, e não nosso. A dissonancia desse Cristo triunfalista é obvia: Jesus nos chamou para servir a ele, e não para servir-se dele. Ele disse: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz, e siga-me” (Mc 8:34). E no tocante ao seu reino, ele foi bastante sincero ao dizer que o seu “reino não é deste mundo” (Jo 18:36). Aqueles que pregam um cristianismo hedonista dizem que ninguém jamais saiu triste da presença de Jesus, pois ele sempre correspondeu às expectativas dos seus seguidores. Eles ignoram o caso daquele jovem rico, que ao ter seu coração descoberto e sua avareza desvelada, se afastou de Jesus, e saiu triste (Mt 19:22). Evangelho não são benesses temporais, mas uma vida atemporal, no céu. Não é satisfação para os nossos prazeres, e sim a mortificação da nossa carne. Aqueles que pensam que Jesus é um grande solucionador de problemas, um Silvio Santos gospel a jogar aviãozinhos de dinheiro para o auditório, estão muito equivocados. Os que assim procedem, definitivamente, não conhecem a Jesus.

Se por um lado há aqueles que pensam que Jesus é um Silvio Santos celestial, por outro há também quem pense que ele é um fariseu enfurecido cheio de raios nas mãos, pronto para dispará-los sobre as cabeças daqueles que tiverem qualquer comportamento não-religioso. O pior é que nesse exacerbado zelo, eles acabam optando por um ascetismo hipócrita, isolando-se das pessoas e vendo o mundo como um inimigo, e não como objeto do amor de Deus (Jo 3:16). Estes se comportam como separatistas radicais, fazem violência a individualidade humana ao impor uma série de proibições absurdas, como “não toques, não proves, não manuseies” (Cl 2:21), e se esquecem que Jesus não foi um abitolado que se escondia das pessoas por medo de se contaminar: ele comia com os publicanos pecadores, participava de festas (Jo 2:1), e abriu seu ministério com um milagre sem igual: transformou 600 litros de água em vinho da melhor qualidade! Mas acontece que os neo-fariseus passam de largo por estes textos, preferindo uma fé míope e legalista, do que viver a plena liberdade que Cristo nos oferece. Para os tais, um Cristo que bebe vinho, come com pecadores e é amigo de prostitutas, definitivamente é carta fora do baralho. Aliás, a propria menção da palavra “baralho” é suficiente para provocar-lhes escandalo!

Olho para ambos grupos com uma profunda tristeza em meu coração, pois percebo que nenhum deles compreendeu ainda a essência do evangelho. Como é difícil a moderação! Qualquer que seja a época, a tendencia da igreja (instituição) é sempre polarizar: ou fundamentalista, fariseu e xiita, ou libertino, hedonista e leviano. O bom senso, velho árbitro da moralidade, está em falta na prateleira do mercado religioso. Contudo, o mais deprimente é ver que ambos grupos não conhecem a Jesus. Eles dizem conhecê-lo e até serví-lo, mas na verdade eles adoram um ídolo. Sim, um ídolo forjado por eles mesmos, uma divindade de Edom, feita sob medida para satisfazer suas concupiscências e prazeres mundanos. Ou um outro totalmente diferente, mas igualmente destrutivo, uma divindade xiito-farisaica, produto de uma consciência culpada que deseja comprar o favor de Deus mediante sua pseudo-santificação; santificação esta que está muito mais relacionada ao corte de cabelo e com as vestimentas, do que com o caráter, pensamentos e atitudes de Cristo. Ambos pisam a graça divina, pois se o hedonista não pensa nas coisas espirituais e anela um céu na Terra, o legalista deseja até morar no céu, mas não está disposto a confiar na graça barata, na graça de graça: ele quer pagar o direito de piso. Simonista, ele espera comprar o Dom de Deus mediante a observância de certas práticas que, “apesar de parecerem sábias, uma verdadeira demonstração de humildade e disciplina, não tem nenhum valor para controlar as paixões que levam à imoralidade” (Cl 2:23).

Contrastando com o Jesus fariseu e com o Jesus libertino, está o Jesus bíblico. Olvidado e desprezado, já quase não figura nos púlpitos do nosso país. Cada vez mais me convenço de que o Brasil ainda é um campo missionário, pois apesar do assombroso crescimento dos cristãos evangélicos, apenas uma pequena parcela demonstra conhecer o Cristo da bíblia, o qual é “uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo” (Rm 9:23; 1Pe 2:8). Muitos tropeçam, se escandalizam e caem, mas a Providência de Deus afirma: “Quem crer nele não será confundido” (Rm 9:33), e é por isso que, por mais que me apresentem um outro Cristo, e ainda que esse Cristo genérico faça chover milagres do céu, não abro mão das minhas convicções. Eu sei em quem tenho crido. Eu cri no Cristo. Jamais poderão me confundir!


Leonardo Gonçalves
Fonte: www.pulpitocristão.com


A graça de Deus


A nossa conversão é marcada por diversas mudanças, e uma das mais evidentes é a nossa maneira de falar. Adotamos um novo vocabulário, porque é impossível ter um encontro com Deus e não adotar uma nova maneira de falar e de se identificar como cristão.
Quando estamos enfrentando uma situação muito difícil temos o hábito de usar a frase SÓ A GRAÇA!

Muitas pessoas usam essa frase simplesmente por hábito, porém aquelas pessoas que realmente conhecem a Deus sabem do que a GRAÇA é capaz.

Tem horas que só a graça.
7 E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
8 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”
Nesse momento tão difícil para Paulo, a única coisa que Ele houve de Deus é a Minha graça te basta (v9).

Muitas pessoas não tomam posse dessa graça, e muitas vezes crêem que esse versículo é uma desculpa para pastor num aconselhamento e muitos não entendem a profundidade dessa declaração. Muitas vezes ficamos esperando uma revelação espiritual para revelar como solucionar tudo o que nos aflige.

Ficamos sempre esperando por um grande avivamento e de repente Deus diz:

A MINHA GRAÇA TE BASTA.

Vamos entender o que é essa graça e o que ela produz.
5 Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
6 E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
7 Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus,
8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”
Temos nesse versículo a graça sendo apresentada como inesgotável, uma graça que não faz acepção de pessoas, como uma graça de alcance ilimitado, como uma graça restauradora. Ela nos salva e nos restaura.

Quando eu tenho a graça de Deus, eu tenho muito mais do que imagino. Ela é o perdão, é o favor, é a nova chance que Deus nos dá mesmo quando não merecemos.

A graça de Deus nos acompanha e ela é a razão de não sermos consumidos.

Deus sabe todos os dias o que se passa em nosso coração e na nossa mente, se dependêssemos de nossos acertos não estaríamos aqui hoje. Se hoje estamos aqui é porque temos a graça de Deus.

Deus é amoroso, misericordioso e bondoso e isso tem feito milhões de pessoas se reunirem em torno da graça, em torno de Cristo. Mesmo numa multidão Deus nos conhece pelo nome.

O Senhor quer hoje que cada um de nós conheça a plenitude dessa graça.

Muitas pessoas estão sempre nos cultos, ouvem a palavra, mas não conhecem e não a experimentaram.
“O presidente, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado.”
Muitas pessoas acreditaram que esse seria o fim de Jesus. Pessoas que não entendem que esse não foi o fim de Jesus, mas sim o começo da Sua obra e do propósito divino.

A cruz foi uma ambição para Jesus Cristo, Ele veio para a Terra sabendo que ia enfrentá-la. Ela foi também um meio pelo qual todos os fins divinos foram alcançados. A cruz justifica os fins, Ele desejou a cruz, ela era Seu objetivo.

A cruz inaugurou o tempo da graça, antes da crucificação os homens não conheciam a graça de Deus, o povo conhecia somente as leis de Deus.

A crucificação foi o maior evento de toda a história. Diante da cruz e da graça, existem cinco grupos de pessoas. Você precisa entender o quanto precisa da graça.

1º grupo
"23 Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura.
24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura lançaram sortes. Os soldados, pois, fizeram estas coisas”
Esses soldados representam pessoas que estão próximas da graça, andam lado a lado com ela, mas são materialistas. Eles viveram o momento mais importante da história, eles tocaram em Jesus, tiveram a chance de receber toda a graça.

São como aqueles que tiveram a chance de ouvir as palavras de Jesus e entender Seu ministério, e simplesmente olharam para a capa. São pessoas que estão próximas da graça e só conseguem olhar para aquilo que podem extrair de Jesus, dão mais valor para coisas materiais do que para as coisas eternas. Pessoas que querem receber tudo de Deus, mas não querem nenhuma aliança com a Sua graça.

Você não deve pensar em tirar da Igreja, mas em trazer para a Igreja.
“A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e com a quarta, nunca dizem: Basta!”
O “chupim” precisa da graça de Deus porque ele ainda não entendeu nada.

2º grupo
39 E os que passavam blasfemavam dele, meneando as cabeças,
40 E dizendo: Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz.
41 E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam:
42 Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e crê-lo-emos.
43 Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus.
44 E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados”
Pessoas que escutaram a mensagem do Evangelho e sabiam que Jesus afirmou ser o filho de Deus, tiveram a chance de ouvir do próprio Jesus que havia um Reino, mas escolheram o caminho dos escarnecedores e dos irreverentes.

Para essas pessoas tudo o que Deus faz, tudo o que Deus é, vira motivo de piada, de hostilidade, gente que aprende na marra que falar contra a obra de Deus é a mesma coisa que escarnecer do próprio Deus.

Saiba que suas atitudes, sua postura e suas decisões também podem te transformar em um escarnecedor. Toda vez que você não tem reverência a Deus, se torna como as pessoas desse grupo. Se você fez votos com Deus, conhece a Palavra, mas não cumpre, você esta escarnecendo da Palavra. Verifique Deuteronômio 23:21 e Eclesiastes 5:3-4.

Pessoas que em pecado, colocam as mãos na obra de Deus, todo pecado não confessado é como escarnecer o nome de Deus. Assim você estaria brincando com Deus, com a santidade de Deus e isso não é negócio. Porque a Bíblia diz que de Deus não se zomba, aquilo que o homem plantar irá ceifar. Os irreverentes precisam da graça de Deus.

3º grupo
Marcos 6:18-20
18 Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão.
19 E Herodias o espiava, e queria matá-lo, mas não podia.
20 Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo; e guardava-o com segurança, e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa mente o ouvia.”
Herodes se impressionou com a graça de Deus, ele não desprezava as palavras de Deus, mas a graça não penetrou, ela não encontrou espaço na sua vida. Ele teve um acesso livre a graça, mas não se deixou convencer por ela.

Herodes representa aqueles que se impressionam, mas não se decidem por Jesus. Pessoas que passam a vida inteira se emocionando com as maravilhas de Deus, mas não recebem a graça. Os emocionados, os que se impressionam, precisam da graça de Deus.

4º grupo
“Então, prendendo-o, o levaram, e o puseram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o de longe.”
Pedro começa a seguir Jesus de longe, por um breve período se torna um espectador. Os espectadores são pessoas que gostam de assistir cultos, que se alegram com os eventos, com as salvações, pessoas que gostam de ver a Igreja crescendo, mas que simplesmente não participam. Pessoas que acompanham de longe, porém sem se envolver. Eles andaram com Jesus, mas agora se afastaram e de longe se alegram com o que vêem, amam a Deus, mas não querem participar, não querem freqüentar nenhuma Igreja. Os espectadores precisam da graça.

5º grupo
39 E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.
40 Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?
41 E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
42 E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.”
Grupo de pessoas representadas por um ladrão, ele que a olhos humanos tinha menos chance de conhecer a graça. Mas ele olhou para a graça e reconheceu que precisava dela.

Esse ladrão estava na condição ideal, o estado de espírito ideal, ele vivia a condição propícia para o encontro com a graça de Deus. Porque todos os outros tinham onde se apoiar, mas esse ladrão estava vazio, ele valorizava a vida porque a estava perdendo e começa a priorizar aquilo que é eterno. Ele sabia que era pecador e acreditou na eternidade.

Para conhecer a graça, para ser restaurado por ela, temos que trilhar um caminho de humildade. Aquele que se entrega sem reservas recebe a plenitude da graça de Deus. E vemos aqui um ladrão inaugurando o céu.

A que grupo você pertence?

Às vezes é dolorido acreditar que estamos tão bem com Deus e descobrir pela Palavra que não estamos tão bem assim. Mas as misericórdias de Deus continuam se renovando e pela graça Deus continua desejando transformar a nossa vida.

Deus quer nos dar uma experiência com a graça, não somente uma graça que nos salva, mas a que vai nos transformar.

Se renda completamente a graça de Deus.

Deus abençoe

Ap. Rina  Igreja Evangélica Bola de Neve
Fonte:
www.boladeneve.com


A mulher samaritana, Coca-Cola e Jesus

Por Ricardo Gondim Rodrigues

Às vezes, a gente ouve certas coisas que não aceita, mas não sabe bem o porquê. Só depois de algum tempo entende. Não foi por mera antipatia que aquela mensagem não desceu bem. Recordo-me quando ouvi pela primeira vez o paralelo entre Jesus e a Coca-Cola. O pregador, inflamado de zelo e paixão missionária, afirmava que numa viagem ao interior do Haiti, sob uma temperatura de mais de 40 graus, sentiu-se aliviado quando parou num quiosque miserável feito de palha de coqueiros e pôde comprar uma garrafa do mais famoso refrigerante do mundo. Devidamente refeito depois de beber sua Coca geladinha, perguntou ao dono da venda se já ouvira falar de Jesus. Ele não sabia de quem se tratava. E o nosso palestrante fez sua analogia, tentando dar um choque na complacência da igreja ocidental: “A Coca-Cola conseguiu alcançar o mundo inteiro em menos de um século e a igreja cristã ainda não cumpriu a ordem da Grande Comissão em mais de 20 séculos!”. Depois daquela primeira exortação, já devo ter escutado essa mesma comparação uma dúzia de vezes em diversas conferências missionárias. Verdade ou tolice? Pior. Estou certo que essas ilustrações não são meros simplismos, nascem de grandes erros teológicos (ou ideológicos?).

Coca-Cola é uma bebida inventada na Geórgia, Estados Unidos, com uma fórmula secreta. Sabe-se que sua receita original continha alguns ingredientes também encontrados na cocaína, daí o seu nome. Seus fabricantes nunca intencionaram outro propósito senão matar a sede das pessoas. A The Coca-Cola Company não convoca ninguém a rever valores do caráter, não confronta estruturas de morte, não se propõe a aliviar culpa, não revela a eternidade e nem Deus. Para chegar aos quiosques mais remotos do globo, bastou criar um produto doce e gaseificado. Investir bilhões em boas estratégias de propaganda, construir fábricas e desenvolver uma boa rede de distribuição para que o produto chegasse com a mesma qualidade nos pontos de venda. Tentar comparar a missão da igreja no anúncio do Reino de Deus às estratégias de mercado de um refrigerante, beira o absurdo. Confunde-se um bem material com uma pessoa e enxerga-se na mensagem um produto. Os missiólogos sucumbiram à lógica do mercado do novo milênio? Acreditam mesmo que cumpriremos nossa missão com os instrumentais corporativos? Tudo pode se tornar um produto?

No Brasil, o esforça-se muito para “vender” o Evangelho. Quase não se usa a mídia para proclamar os conteúdos do Evangelho. Alardeiam-se os benefícios da fé. Basta observar a enormidade de tempo gasto divulgando os horários dos cultos, a eficácia da oração, mostrando que aquela igreja é melhor e que a sua mensagem é a mais forte para resolver todos os problemas das pessoas. Aborda-se o Evangelho como um produto eficaz e adota-se uma mentalidade empresarial no seu anúncio. Prometem-se enormes possibilidades. Tratam as pessoas como clientes e sem constrangimento, anuncia-se que qualquer um pode adquirir esse determinado benefício com um esforço mínimo. As igrejas se transformam em balcões de serviços religiosos ou supermercados da fé. A tendência de oferecer cultos diferenciados e as intermináveis campanhas de milagres demonstram bem esse espírito. Como um supermercado com as gôndolas recheadas de produtos, as igrejas procuram incrementar os “serviços” ao gosto dos fregueses. Os pastores dividem os dias da semana com programações atrativas; gastam suas energias desenvolvendo estratégias que atraiam o maior número de pessoas. Sonham com auditórios lotados. Campanhas, correntes e demonstrações grotescas de exorcismos e milagres financeiros se sucedem. As pessoas, por sua vez, se achegam, seduzidos pelas promoções das prateleiras eclesiásticas.

Esse modelo induz as pessoas a adorarem a Deus por aquilo que ele dá e não por quem é. Não se anuncia o senhorio de Cristo, apenas os benefícios da fé. Os crentes acabam tratando a Bíblia como um amuleto e, supersticiosos, continuam presos ao medo. Vive-se uma religião de consumo.

Mas existe outra dimensão ainda mais sutil. Naomi Klein, jornalista canadense, publicou recentemente “Sem Logo” (Editora Record) para denunciar a tirania das marcas em um planeta obcecado pelo consumo. Ela defende a tese de que a grandes corporações do mercado global não vendem apenas os seus produtos, mas a marca. Procuram criar uma filosofia de vida embutida em seus produtos. Desejam induzir seus consumidores a acreditarem que podem viver um determinado estilo de vida, desde que comprem aquela marca específica. Assim os fumantes de Marlboro imaginam personificar o “cowboy” solitário, mesmo morando em um apartamento. Quando atletas amadores vestem as roupas ou calçam os tênis da Nike, acham que se transformam em campeões. Gente que vive presa no trânsito apinhado das grandes metrópoles, ao dirigir jipes com tração nas quatro rodas, sente-se desbravando sertões. Klein declara: “’Marcas, não produtos!’ tornou-se o grito de guerra de um renascimento do marketing liderado por uma nova estirpe de empresas que se viam como ‘agentes de significado’ em vez de fabricantes de produtos. Segundo o velho paradigma, tudo o que o marketing vendia era um produto. De acordo com o novo modelo, contudo, o produto sempre é secundário ao verdadeiro artigo. A marca e a sua venda adquirem um componente adicional que só pode ser descrito como espiritual”.

Infelizmente percebe-se o mesmo em determinados círculos cristãos. Querem fazer do Evangelho uma grife. Como? Primeiro transforma-se um seleto grupo de evangelistas, cantores e pastores em superestrelas ao estilo de Hollywood. Depois associam seu nome a grandes eventos e dão-lhes o holofote. Ensinam-lhes habilidades espirituais acima da média. Assim produzem-se ícones semelhantes aos do mundo do entretenimento. Eles aglutinam multidões, vendem qualquer coisa e criam novas modas. A indústria fonográfica enriquece, os congressos se enchem, e os novos astros do mundo “gospel” alavancam suas igrejas.

Jesus dialogou com uma mulher samaritana e ofereceu-lhe uma água viva. A mulher imaginou essa água com raciocínios concretos. Pensou que ao beber, nunca mais teria sede. Uma água dessas hoje, devidamente comercializada, seria um tesouro sem preço. “Dá-me dessa água e assim nunca mais terei que voltar aqui”. Jesus corrigiu sua linha de pensamento. A água que ele oferecia não era mágica, mas um relacionamento: filhos e filhas adorando ao Criador em espírito em verdade. Infelizmente muitos evangélicos brasileiros propagandeiam água mágica. Pretensamente matando a sede de qualquer um no estalar dos dedos.

O evangelho não é produto ou grife, volto a repetir, mas uma alvissareira notícia. Não deveria se escravizar às regras do mercado. Ricardo Mariano em sua tese de doutoramento concluiu, para a vergonha de tantas igrejas neo-pentecostais: “As concessões mágicas feitas pelas igrejas pentecostais às massas desafortunadas, por certo, não constituem tão-somente meras concessões... observa-se que a oferta pentecostal de serviços mágicos segue cada vez mais uma dinâmica empresarial, ditada pela férrea lógica do mercado religioso, que pressiona os diferentes concorrentes religiosos a acirrarem seu ativismo e a tornarem mais eficazes suas ações e estratégias evangelísticas”.

Essa mercadoria religiosa caricaturada de evangelho não representa o leito principal da tradição apostólica. A indústria que encena essa coreografia carismática de muito barulho e pouca eficácia, não conta com o aval de Deus. Há de se voltar ao anúncio doloroso do arrependimento como primeira atitude para os candidatos ao Reino. Não se pode, em nome de templos lotados, omitir a mensagem da cruz. Precisa-se repetir sem medo a mensagem de Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34).

Se não voltarmos aos fundamentos do Evangelho, teremos sempre clientes religiosos, nunca seguidores de Cristo. Faremos proselitismo sem evangelizar. Aumentaremos nossa arrecadação sem denunciar pecados. Construiremos instituições humanas sem encarnação do Reino de Deus. E pior, continuaremos confundimos Jesus com Coca-Cola. No Maranhão há um refrigerante de grande sucesso com a marca Jesus. Entretanto, não se pode desejar alcançar o sucesso transformando Jesus numa soda e as igrejas em quiosques religiosos.

Que Deus tenha piedade de nós.

Soli Deo Gloria.


Pr. Ricardo Gondim
www.ricardogondim.com.br

Estou cansado!

Se você ainda não conhece esse texto leia-o! Vale a pena "perder" um pouco de tempo. É simplismente excelente!


Cansei! Entendo que o mundo evangélico não admite que um pastor confesse o seu cansaço. Conheço as várias passagens da Bíblia que prometem restaurar os trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensina que Deus restaura as forças do que não tem nenhum vigor. Também estou informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por isso, já me preparo para as censuras dos que se escandalizarem com a minha confissão e me considerarem um derrotista. Contudo, não consigo dissimular: eu me acho exausto.
Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e amigos. Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes.
Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus. Já não agüento mais que se usem versículos tirados do Antigo Testamento e que se aplicavam a Israel para vender ilusões aos que lotam as igrejas em busca de alívio. Essa possibilidade mágica de reverter uma realidade cruel me deixa arrasado porque sei que é uma propaganda enganosa. Cansei com os programas de rádio em que os pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio tomar conhecimento das infinitas campanhas e correntes de oração; todas visando exclusivamente encher os seus templos. Considero os amuletos evangélicos horríveis. Cansei de ter de explicar que há uma diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.
Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa. Não consideram os séculos de preconceitos nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há séculos. Não agüento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo.
Canso com a repetição enfadonha das teologias sem criatividade nem riqueza poética. Sinto pena dos teólogos que se contentam em reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos de leitura das Escrituras. Convivem com uma teologia pronta. Não enxergam sua pobreza porque acreditam que basta aprofundarem um conhecimento “científico” da Bíblia e desvendarão os mistérios de Deus. A aridez fundamentalista exaure as minhas forças.
Canso com os estereótipos pentecostais. Como é doloroso observá-los: sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais com gritos e manifestações emocionais. Não há nada mais desolador que um culto pentecostal com uma coreografia preservada, mas sem vitalidade espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir piadas contadas pelos próprios pentecostais sobre os dons espirituais.
Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas estrangeiros que vêm ao Brasil para soprar sobre as multidões. Fico abatido com eles porque sei que provocam que as pessoas “caiam sob o poder de Deus” para tirar fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em seus países de origem.
Canso com as perguntas que me fazem sobre a conduta cristã e o legalismo. Recebo todos os dias várias mensagens eletrônicas de gente me perguntando se pode beber vinho, usar “piercing”, fazer tatuagem, se tratar com acupuntura etc., etc. A lista é enorme e parece inexaurível. Canso com essa mentalidade pequena, que não sai das questiúnculas, que não concebe um exercício religioso mais nobre; que não pensa em grandes temas. Canso com gente que precisa de cabrestos, que não sabe ser livre e não consegue caminhar com princípios. Acho intolerável conviver com aqueles que se acomodam com uma existência sob o domínio da lei e não do amor.
Canso com os livros evangélicos traduzidos para o português. Não tanto pelas traduções mal feitas, tampouco pelos exemplos tirados do golfe ou do basebol, que nada têm a ver com a nossa realidade. Canso com os pacotes prontos e com o pragmatismo. Já não agüento mais livros com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não consigo entender como uma igreja tão vibrante como a brasileira precisa copiar os exemplos lá do norte, onde a abundância é tanta que os profetas denunciam o pecado da complacência entre os crentes. Cansei de ter de opinar se concordo ou não com um novo modelo de crescimento de igreja copiado e que vem sendo adotado no Brasil.
Canso com a falta de beleza artística dos evangélicos. Há pouco compareci a um show de música evangélica só para sair arrasado. A musicalidade era medíocre, a poesia sofrível e, pior, percebia-se o interesse comercial por trás do evento. Quão diferente do dia em que me sentei na Sala São Paulo para ouvir a música que Johann Sebastian Bach (1685-1750) compôs sobre os últimos capítulos do Evangelho de São João. Sob a batuta do maestro, subimos o Gólgota. A sala se encheu de um encanto mágico já nos primeiros acordes; fechei os olhos e me senti em um templo. O maestro era um sacerdote e nós, a platéia, uma assembléia de adoradores. Não consegui conter minhas lágrimas nos movimentos dos violinos, dos oboés e das trompas. Aquela beleza não era deste mundo. Envoltos em mistério, transcendíamos a mecânica da vida e nos transportávamos para onde Deus habita. Minhas lágrimas naquele momento também vinham com pesar pelo distanciamento estético da atual cultura evangélica, contente com tão pouca beleza.
Canso de explicar que nem todos os pastores são gananciosos e que as igrejas não existem para enriquecer sua liderança. Cansei de ter de dar satisfações todas as vezes que faço qualquer negócio em nome da igreja. Tenho de provar que nossa igreja não tem título protestado em cartório, que não é rica, e que vivemos com um orçamento apertado. Não há nada mais desgastante do que ser obrigado a explanar para parentes ou amigos não evangélicos que aquele último escândalo do jornal não representa a grande maioria dos pastores que vivem dignamente.
Canso com as vaidades religiosas. É fatigante observar os líderes que adoram cargos, posições e títulos. Desdenho os conchavos políticos que possibilitam eleições para os altos escalões denominacionais. Cansei com as vaidades acadêmicas e com os mestrados e doutorados que apenas enriquecem os currículos e geram uma soberba tola. Não suporto ouvir que mais um se auto-intitulou apóstolo.
Sei que estou cansado, entretanto, não permitirei que o meu cansaço me torne um cínico. Decidi lutar para não atrofiar o meu coração.
Por isso, opto por não participar de uma máquina religiosa que fabrica ícones. Não brigarei pelos primeiros lugares nas festas solenes patrocinadas por gente importante. Jamais oferecerei meu nome para compor a lista dos preletores de qualquer conferência. Abro mão de querer adornar meu nome com títulos de qualquer espécie. Não desejo ganhar aplausos de auditórios famosos.
Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei fazer minhas refeições com os amigos mais queridos. Meu refúgio será ao lado de pessoas simples, pois quero aprender a valorizar os momentos despretensiosos da vida. Lerei mais poesia para entender a alma humana, mais romances para continuar sonhando e muita boa música para tornar a vida mais bonita. Desejo meditar outras vezes diante do pôr-do-sol para, em silêncio, agradecer a Deus por sua fidelidade. Quero voltar a orar no secreto do meu quarto e a ler as Escrituras como uma carta de amor de meu Pai.
Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso, convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda há tempo de salvar a nossa.
Soli Deo Gloria.
Ricardo Gondim