Universidade Presbiteriana Mackenzie
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie |
|
Lema | Tradição e Pioneirismo na Educação |
---|---|
Fundação | 1870 como Escola Americana. 1896 Mackenzie College (Engenharia), vinculado à Universidade de Nova York, denominação utilizada até a obtenção da autonomia acadêmica em 1927.1952 como Universidade Presbiteriana Mackenzie. |
Tipo de instituição | Privada e confessional |
Mantenedora | Instituto Presbiteriano Mackenzie |
Docentes | 1.361[1] |
Total de estudantes | 40 mil[2] |
Reitor(a) | Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto, Reitor Rev. Dr. Augustus Nicodemus Lopes, Chanceler |
Vice-reitor(a) | Dr. Marcel Mendes |
Sede | São Paulo |
Campi | Campus Higienópolis (São Paulo) Campus Alphaville (Barueri) Campus Campinas (Campinas) Mackenzie Rio (Rio de Janeiro) |
Estado | São Paulo e Rio de Janeiro |
Afiliações | Instituto Presbiteriano Mackenzie, Igreja Presbiteriana do Brasil, CRUB |
Página oficial | www.mackenzie.br |
Instituições de ensino superior do Brasil |
A universidade é mantida pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie, uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, de finalidade educacional e filantrópica.[3] O associado vitalício exclusivo do Mackenzie é a Igreja Presbiteriana do Brasil.[4]
Seu atual reitor é o Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto,[5] o vice-reitor é o Dr. Marcel Mendes[6] e o chanceler, representante do Instituto Presbiteriano Mackenzie, é o Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Lopes.[7]
Índice[esconder] |
[editar] História
O Instituto Presbiteriano Mackenzie iniciou suas atividades em 1870. Em 1869, a cidade de São Paulo vivia um clima de efervescência, em que o café era a principal fonte econômica do país. Nessa época, a campanha abolicionista ganhava adeptos, abalando os alicerces políticos do Império e fomentando, numa parcela da população, o desejo de que o Brasil se tornasse uma República.Em meio a esses acontecimentos, chega e se instala na cidade de São Paulo o casal de missionários presbiterianos George e Mary Ann Annesley Chamberlain. Em 1870, enquanto o reverendo Chamberlain empreendia viagens missionárias pelo interior do Estado, sua esposa, Mary, dedicava-se à área pedagógica na residência do casal. Três crianças, sendo dois meninos e uma menina, foram os primeiros alunos de um sistema educacional em turmas mistas, sem os castigos físicos adotados na época. Nascia, assim, uma escola socialmente responsável e integrada à sociedade.
Em 1871, a escola da senhora Chamberlain mudou-se para um novo endereço, rua Nova São José, atual Líbero Badaró.
A partir de 1872, as aulas passaram a ser pagas – 12 mil réis por trimestre – concedendo-se bolsas parciais e integrais para os alunos carentes. Aceitando a proposta do jornalista José Carlos Rodrigues, adotou-se o nome de Escola Americana.
Estudaram na escola nessa época tanto filhos de escravos como de famílias tradicionais.
Em 1876, uma nova mudança, agora para a esquina das ruas Ipiranga e São João, com a implantação de dois novos cursos: Escola Normal e o Curso de Filosofia (nível superior). Em 3 de setembro do mesmo ano, era inaugurado um edifício de tijolinhos, cuja parte superior fora reservada para o internato feminino, e o térreo para dois escritórios e três espaçosas salas de aula.
Em 1879, Dona Maria Antônia da Silva Ramos, baronesa de Antonina, vendeu ao Reverendo Chamberlain, por 800 mil réis, área de sua chácara em Higienópolis, onde pastavam os cavalos que puxavam suas carruagens e escravos plantavam frutas e hortaliças.[8]
Finalmente, em 1880, adquiriu-se uma área de 27,7 mil metros quadrados no bairro de Higienópolis. Era o início de uma nova fase.
A fama de a Escola Americana não se restringia ao Brasil, chegando aos ouvidos do advogado americano John Theron Mackenzie que, sem nunca ter vindo ao Brasil, fez constar em seu testamento, em 1890, uma doação à Igreja Presbiteriana americana para que se construísse no Brasil uma escola de Engenharia. Desta forma, tem início o nome utilizado até hoje: Mackenzie.
Em fevereiro 1896, já em Higienópolis, teve início o primeiro ano letivo da Escola de Engenharia Mackenzie, sendo os diplomas ainda expedidos pela Universidade de Nova Iorque.
Na década de 1940, o Mackenzie começou introduzir novas unidades e cursos, como a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em 1946; Faculdade de Arquitetura, em 1947 e a Faculdade de Ciências Econômicas, em 1950.
Em 1952, com quatro escolas superiores, o Mackenzie é reconhecido por meio de decreto assinado pelo então presidente Getúlio Vargas como uma universidade. Neste mesmo ano, Dr. Henrique Pegado assume a primeira reitoria da universidade.
Em 1955 se iniciam as aulas da primeira turma da então criada Faculdade de Direito.
Em 1965, o Mackenzie nomeia Esther de Figueiredo Ferraz para o cargo de reitora. Ela foi a primeira mulher a assumir um cargo de reitora em universidades brasileiras. Ainda durante o mandato de Esther de Figueiredo Ferraz, alunos da Presbiteriana Mackenzie e da Universidade de São Paulo entraram em um conflito conhecido como a Batalha da Maria Antônia. Na época a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (que depois mudou o nome para FFLCH) era na rua Maria Antônia.
Houve um grande conflito violento e sangrento entre os alunos pró-ditura e contra-ditadura. Os estudantes esquerdistas se concentraram no prédio da USP, em contra partida, os alunos direitistas locaram-se no prédio Mackenzista, grupo denominado de CCC - Comando de Caça aos Comunistas.
Pelas diferenças ideológicas contrastantes, o conflito foi inevitável e só acabou com a repressão da Tropa de Choque solicitada pela então reitora Esther de Figueiredo Ferraz.
Em 1970 o Mackenzie abre a Faculdade de Tecnologia para suprir os vários setores tecnológicos do mercado de trabalho de profissionais qualificados em cursos superiores. A Faculdade de Tecnologia se tornaria, em 1999, Faculdade de Computação e Informática.
O campus São Paulo possui hoje com mais de 50 prédios e está localizado no bairro de Higienópolis. Cerca de 35 mil alunos frequentam mais de 40 cursos nos diversos campi do Mackenzie. As unidades de São Paulo e Tamboré oferecem desde a educação infantil à pós-graduação. A unidade de Brasília atende ao colégio e à pós-graduação que também está presente em Campinas, Rio de Janeiro e Recife.
A Universidade Presbiteriana Mackenzie é de caráter confessional. Como instituição presbiteriana, é regida pela fé-cristã evangélica reformada e pela ética calvinista de vocação. Assim, o compromisso do Mackenzie é de estimular o conhecimento das "ciências humanas e divinas".
[editar] Unidades
- Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (EE)
- Escola Superior de Teologia (EST)
- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie (FAU)
- Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)
- Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA)
- Faculdade de Computação e Informática (FCI)
- Centro de Comunicação e Letras (CCL)
- Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie (FD)
- Faculdade de Educação Física (FEF)
- Centro de Ciência e Humanidades (CCH)
- Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie (FCI)
[editar] Mackenzistas
PROFESSORES E ALUNOS NOTÁVEISFD-FACULDADE DE DIREITO
- Álvaro Villaça Azevedo, reconhecido jurista, ex-diretor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (formado em Direito na turma de 1960);
- Rodrigo Yves Dias Favoretto, comediante e presidente da associação MG-2 (formado em Direito na turma de 1963);
- Eros Grau, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (formado em Direito na turma de 1963);
- Cláudio Lembo, ex-governador do estado de São Paulo;
- José Roberto Batochio, advogado e político, deputado federal pelo PDT, com mandato entre 1998 e 2002;
- Ives Gandra da Silva Martins, renomado advogado tributarista e jurista brasileiro. Foi Professor Titular de Direito Econômico e de Direito Constitucional, tendo obtido o seu grau de Doutor em Direito pela mesma instituição;
- Silvio Rodrigues, advogado e professor catedrático de Direito Civil na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
- Márcio Artur Laurelli Cypriano, banqueiro, ex-presidente do Bradesco, atual membro do Conselho de Administração (formado em Direito);
- Tales Castelo Branco, advogado criminalista e ex-presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo;
- Sérgio Pinto Martins, juiz do trabalho e professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduado em Direito e em Administração de Empresas;
- Jorge Americano, professor e reitor da Universidade de São Paulo. Foi professor de Direito Internacional na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da qual foi um dos fundadores e, posteriormente, diretor. Exerceu a função de Juiz do Tribunal de Arbitragem de Haia;
- Ulysses Guimarães, político e advogado. Foi professor titular de Direito Internacional Público na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie;
- Esther de Figueiredo Ferraz, advogada. Foi Livre Docente de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, professora de Direito Judiciário Penal da Universidade Presbiteriana Mackenzie e, mais tarde, reitora da mesma instituição;
- Raul Pires, designer gráfico, criador do desenho do Bentley Continental GT, (formado em Desenho Industrial);
- Rubens Paiva, politico revolucionário, morto na década de 1970 pelo governo militar. Pai do colunista Marcelo Robens Paiva.
- Brenno Tavares, engenheiro civil, construtor da igreja Nossa Senhora do Brasil;
- Lamartine Navarro Júnior, engenheiro e fundador do Pró-álcool;
- Osmar Elias Zogbi, ex-presidente da Ripasa S.A. Celulose e Papel e da Bracelpa, atual presidente da EAZ participações e diretor adjunto do Departamento de Economia da Federação das Indústrias de São Paulo, desde 1989 (formado em Engenharia Civil e Administração de Empresas);
- Oswaldo Bratke,arquiteto paulista.Formou-se em engenharia recebendo o diploma de engenheiro-arquiteto -formação anterior à formação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo;
- Osmar Elias Zogbi, ex-presidente da Ripasa S.A. Celulose e Papel e da Bracelpa, atual presidente da EAZ participações e diretor adjunto do Departamento de Economia da Federação das Indústrias de São Paulo, desde 1989 (formado em Engenharia Civil e Administração de Empresas);
- Manoel Rodrigues Ferreira, escritor e historiador, autor de diversos livros (formado em Engenharia);
- Luiz Carlos Frayze David, ex-Secretário dos Transportes do Estado de São Paulo, ex Superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo e ex-presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo;
- Oscar Americano, engenheiro civil, construtor das rodovias Dutra, Anchieta e Bandeirantes no estado;
- Paulo Archias Mendes da Rocha, reconhecido arquiteto, ganhador do Prêmio Pritzker- O mundialmente conhecido Nobel de Arquitetura;
- Isay Weinfeld, arquiteto paulista,autor da proposta do MIS;
- Pedro Paulo de Mello Saraiva,professor e restaurador formado na faculdade.Autor do mezanino do Mercado Municipal de São Paulo;
- Marcio Kogan, arquiteto de notoria expressividade;
- Roberto Righi, professor e ex-diretor;
- Luiz Benedito de Castro Telles, arquiteto e um dos autores do Centro Cultural São Paulo;
- Oswaldo Bratke, arquiteto formado pela faculdade de engenharia e um dos expoentes da arquitetura paulista da década de 50;
- Nelson Dupré, autor do restauro da Sala são Paulo;
- Carlos Bratke, filho de Oswaldo Bratke e autor de diversos edifícios na Berrini, em São Paulo;
- Caciporé Torres, escultor;
- Cristiano Stockler das Neves, Arquiteto e ex-prefeito de São Paulo. Fundou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie;
- Alberto Rubens Botti, fundador do escritório BottiRubin;
- Marc Rubin, fundador do escritório BottiRubin;
- Júlio Neves, arquiteto renomado, ex Presidente do MASP, em São Paulo;
- João Carlos Saad, empresário e jornalista. Presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, fundador da ABRA (Associação Brasileira de Radiodifusores);
- Boris Casoy, jornalista (ingressou em Direito, mas não concluiu);
- Robert Scheidt, velejador olímpico (formado em Administração de Empresas);
- Roberto Justus, empresário (formado em Administração de Empresas);
- Ivan Zurita, presidente da Nestlé (formado em Administração de empresas);
- Gabriel Salomão, presidente da Sucos Del Valle;
- Cledorvino Bellini, CEO da Fiat da América Latina (formado em Administração de Empresas);
- André Szajman, empresário da gravadora Trama;
- Regina Nunes, presidente da agência de classificação de risco Standard & Poor's no Brasil, (formada em Administração de Empresas);
- Márcio Cypriano, presidente do Bradesco;
- Osmar Elias Zogbi, ex-presidente da Ripasa S.A. Celulose e Papel e da Bracelpa, atual presidente da EAZ participações e diretor adjunto do Departamento de Economia da Federação das Indústrias de São Paulo, desde 1989 (formado em Engenharia Civil e Administração de Empresas);
- Osmar Vladimir Chohfi, embaixador do Brasil na Espanha;
- André Szajman, empresário da gravadora Trama;
- Alain Belda, presidente da Alcoa;
- Anita Malfatti, artista plástica e pintora, recebeu o diploma de normalista;
Referências
- ↑ Balanço Social Mackenzie 2010
- ↑ Assessoria de Comunicação do Instituto Presbiteriano Mackenzie
- ↑ Estatuto Interno da Universidade Presbiteriana Mackenzie
- ↑ IPM Instituto Presbiteriano Mackenzie
- ↑ Universidade Presbiteriana Mackenzie tem novo Reitor
- ↑ Vice-Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie
- ↑ Chancelaria da Universidade Presbiteriana Mackenzie
- ↑ Revista Mackenzie – Ano II – Nº 7 – 1999
- Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Presbiteriana_Mackenzie
Nenhum comentário:
Postar um comentário