A
Idolatria e a Feitiçaria
por John Clark
por John Clark
G. K. Chesterton estava certo quando afirmou: "A Ilíada
só é grande porque nela toda a vida é uma batalha; a Odisséia só é
grande porque nela toda a vida é uma jornada." Esses dois conceitos
acerca desses clássicos da literatura grega acham-se reunidos quando Paulo
mostra que a nossa viagem para o céu pode ser uma luta titânica entre a carne
e o espírito (Gálatas 5:17). Se desejo ser vitorioso nessa luta, o
que eu quero tem que ser derrotado pelo que Deus quer. Ah, que
bendita derrota! Ganho perdendo! "E os que são de Cristo
Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências" (Gálatas
5:24).
Idolatria:
os rivais de Deus
Paulo foi a Atenas e
despejou um ataque logicamente arrasador contra a idolatria (Atos 17).
Quando escreveu sobre as obras da carne, ele incluiu a idolatria e
a feitiçaria na lista dos terrores que arruinaram toda busca do homem
pela felicidade (Gálatas 5:16-26).
William Barclay ajuda-nos a entender as obras da carne com sua observação de que "cada uma delas é uma perversão do que é bom em si mesmo". Pervertemos a verdadeira adoração quando substituímos Deus por outra coisa e agimos em contrariedade às instruções de Deus. "Não terás outros deuses diante de mim" é uma das seis declarações acerca de Deus em Êxodo 20:1-7. Todas denunciam a idolatria. Outra é: "Eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso". Deus não vai compartilhar o amor do seu povo com outro deus. A idolatria é infidelidade. Jeremias a descreve como "adulterou, adorando pedras e árvores" (Jeremias 3:9). É isso que Paulo frisa em sua discussão com os coríntios sobre o zelo divino e a devoção a Cristo (2 Coríntios 11:2-3). A irracionalidade (Atos 17), o absurdo (Isaías 44) e a tragédia (1 Reis 18) da idolatria também são temas freqüentes nas Escrituras.
William Barclay ajuda-nos a entender as obras da carne com sua observação de que "cada uma delas é uma perversão do que é bom em si mesmo". Pervertemos a verdadeira adoração quando substituímos Deus por outra coisa e agimos em contrariedade às instruções de Deus. "Não terás outros deuses diante de mim" é uma das seis declarações acerca de Deus em Êxodo 20:1-7. Todas denunciam a idolatria. Outra é: "Eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso". Deus não vai compartilhar o amor do seu povo com outro deus. A idolatria é infidelidade. Jeremias a descreve como "adulterou, adorando pedras e árvores" (Jeremias 3:9). É isso que Paulo frisa em sua discussão com os coríntios sobre o zelo divino e a devoção a Cristo (2 Coríntios 11:2-3). A irracionalidade (Atos 17), o absurdo (Isaías 44) e a tragédia (1 Reis 18) da idolatria também são temas freqüentes nas Escrituras.
Para onde foram todos os ídolos?
Será que um
mal antigo poderá se tornar uma ameaça em nossos dias? A nossa percepção
se aprimora quando lemos a palavra de Paulo: "Avareza, que é
idolatria" (Colossenses 3:5) e "avarento que é idólatra"
(Efésios 5:5). Uma pessoa gananciosa não pode ir para o céu (1 Coríntios
6:10; 5:11). Qualquer preocupação exagerada se torna um deus.
Quando o orgulho, o dinheiro, os bens, o emprego ou as realizações pessoais
passam a rivalizar com Deus, somos idólatras (Mateus 6:24; Filipenses 3:19;
Romanos 16:18)!
Satanás é o "deus deste século" (2 Coríntios 4:4). Há forças da maldade que influenciam os homens a agir como se Deus não fosse Deus. O secularismo faz das conquistas do homem um deus. O humanismo nega a natureza espiritual do homem e como idolatria substitui o todo pela parte, adorando o fragmento. O comunismo, descrito por um discípulo desiludido como "o deus que fracassou", assassinou milhões e aprisiona um terço do mundo com uma interpretação econômica da história. Sim, o mundo moderno pode ser corretamente visto do modo em que Paulo via os atenienses, "idolatria dominante na cidade" (Atos 17:16). Ao refletirmos sobre esse mundo e perguntarmos se os cristãos podem transformá-lo, há uma questão mais fundamental: "Será que sou idólatra?".
Satanás é o "deus deste século" (2 Coríntios 4:4). Há forças da maldade que influenciam os homens a agir como se Deus não fosse Deus. O secularismo faz das conquistas do homem um deus. O humanismo nega a natureza espiritual do homem e como idolatria substitui o todo pela parte, adorando o fragmento. O comunismo, descrito por um discípulo desiludido como "o deus que fracassou", assassinou milhões e aprisiona um terço do mundo com uma interpretação econômica da história. Sim, o mundo moderno pode ser corretamente visto do modo em que Paulo via os atenienses, "idolatria dominante na cidade" (Atos 17:16). Ao refletirmos sobre esse mundo e perguntarmos se os cristãos podem transformá-lo, há uma questão mais fundamental: "Será que sou idólatra?".
A idolatria e a feitiçaria estão quase sempre aliadas. Pharmakeia,
de onde provém a nossa palavra farmácia, é traduzida por "feitiçaria"
(Gálatas 5:20; Apocalipse 9:21; 18:23). Principalmente significava o uso
da medicina, das drogas, dos encantos; depois o envenenamento; depois, então, a
feitiçaria. Várias palavras diferentes são traduzidas por "feitiçaria"
no Antigo Testamento (1 Samuel 15:23; 2 Crônicas 33:6; 2 Reis 9:22; Miquéias
5:12 e Naum 3:4). Deus proibia que seu povo tivesse alguma relação com o
que hoje denominamos "ocultismo" (Deuterônomio 18:9-14). As
bruxas eram exterminadas (Exôdo 22:18; 1 Samuel 28:7-9). O povo de Deus não
devia buscar luz nas trevas! Talvez o melhor equivalente bíblico da
palavra "ocultismo" seja a palavra adivinhação.
"Adivinhação é a tentativa de decifrar a vontade dos deuses com o uso de
técnicas de magia. Os pagãos criam que podiam usar a habilidade e o
engenho humano para adquirir conhecimento dos deuses sobre certas situações"
(Packer, Tenney e White, The Bible Almanac, p. 114-115). O
adivinhador seria aquele que pensa poder jogar a revelação divina fora.
Lemos nas Escrituras a respeito de mentiras divinatórias (Ezequiel 22:28).
Estamos cercados pela feitiçaria! Os homens que buscam seguir a própria
vontade e achar o seu caminho estão fadados às trevas, pois se desviaram da
luz.
A disseminação da rebelião
A feitiçaria está se disseminando! Vai de ler folhas de
chá, a mão e as cartas à astrologia (Isaías 47:13). O cultivo de
drogas revive a feitiçaria pagã. Nos mercados, sobejam os expedientes de
manipulação: ioga, cientologia, zen-budismo, teologia da Nova Era.
O que mais se aplica a nós, devemos acautelar-nos de qualquer pensamento ou ato
que eleve o que queremos acima do que Deus quer. "Porque a rebelião
é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a
ídolos do lar" (1 Samuel 15:23). Quando as pessoas afastam de
Deus e da sua revelação, não é tanto que elas não crêem em nada; elas crêem
em tudo! "Todo mundo tem o direito a sua própria crença" não
se encontra na Bíblia. Nem se encontra nos pensamentos nem na boca do
verdadeiro discípulo. É a voz da idolatria. "Filhinhos,
guardai-vos dos ídolos" (1 João 5:21)!
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