O CRISTÃO E AS FESTAS JUNINAS |
Escrito por Josevaldo |
A
origem de tais festividades remonta à antiguidade, quando se prestava
culto à deusa Juno da mitologia romana. Os festejos a esta deusa eram
denominados Junônias, atualmente festas juninas. Segundo a mitologia
romana Juno era a protetora do casamento, do parto e sobretudo da mulher
em todos os aspectos da sua vida, assemelha-se à deusa grega Hera, com
quem foi universalmente identificada.
Juno, na mitologia romana, era a principal deusa e a contrapartida
feminina de Júpiter, seu irmão e marido. Com Júpiter e Minerva, formava a
tríade capitolina de divindades difundidas pelos reis Etruscos, cujo
templo se erguia no Capitólio, em Roma.Recebeu vários epítetos, segundo
os papéis que desempenhava, como, por exemplo: Juno Iterduca, que
conduzia a noiva à nova casa; Juno Lucina, a deusa do parto, que
auxiliava o nascimento das crianças; Juno Natalis, que presidia o
nascimento de cada mulher; e Juno Matronalis, que protegia a mulher
casada.Tornou-se um anjo da guarda feminino, assim como todo homem
possuía seu "gênio", toda mulher tinha sua "juno". Sua festa principal
era aMatronália, celebrada em 1º de março, data em que mulheres casadas
se reuniam e levavam oferendas ao templo de Juno Lucina, trazendo
inspiração para o Catolicismo Romano que colocou tais festividades no
mês de junho. As representações de Juno variavam de acordo com o epíteto
escolhido. Com maior frequência, era representada de modo semelhante à
grega Hera, de pé e como matrona de austera beleza, às vezes com
características militares. Quando o cristianismo foi implantado na
Europa, depois de muito relutar, a Igreja Romana aceitou algumas das
festas pagãs, entre elas asJunônias.
Outra
fonte diz-se que as festas juninas são de origem europeia, e que fazem
parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim
como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a
Festa Junina do dia de "Midsummer" (24 de Junho) tornou-se, pouco a
pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo
celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a Festa Junina é o traço comum
que une todas as festas de São João europeias (da Estônia a Portugal, da
Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras de
Páscoa e às fogueiras de Natal. Uma lenda católica cristianizando a
FestaJunina pagã estival afirma que o antigo costume de acender
fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo
feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento
de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria
de acender uma fogueira sobre um monte.
Para
os brasileiros as festas juninas são uma herança portuguesa resultante
dos cultos pagãos em louvor a terra, com a data de nascimento de São
João. Sua origem foi influenciada por festas bárbaras e pagãs, com
fogueiras e queimas de fogos para afugentar os maus espíritos. Começaram
nos campos e plantações, daí os trajes típicos
de caipiras e sinhazinhas, com casamento de roça, discurso do padrinho,
as capelinhas decoradas, etc. Mais tarde as festividades tomaram um
cunho religioso com apresentação de tradições locais, influenciada pelas
lendas e hábitos do populacho.
Se
tivermos as suas origens na mitologia romana, veremos tal festividade
sendo categoricamente condenada por Jeremias no texto que segue:
“Tu,
pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração,
nem me importunes; pois eu não te ouvirei. Não vês tu o que eles andam
fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém? Os filhos apanham a
lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha para
fazerem bolos à rainha do céu, e oferecem libações a outros deuses, a
fim de me provocarem à ira. Acaso é a mim que eles provocam à ira? diz o
Senhor; não se provocam a si mesmos, para a sua própria confusão?
Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que a minha ira e o meu furor se
derramarão sobre este lugar, sobre os homens e sobre os animais, sobre
as árvores do campo e sobre os frutos da terra; sim, acender-se-á, e não
se apagará. Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai
os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei a carne. Pois não
falei a vossos pais no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes
ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas isto lhes
ordenei: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis
o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá
bem” (Jr 7.16-23).
O
costume dessas festas é movido pela tradição romana. Tais festas são
uma forma de culto aos santos católicos: São João, São Pedro e
SantoAntonio. João Batista e Pedro jamais aceitaram adoração ou
veneração (Jo3.23-30; At 10.25,26). O costume é religioso e movido pela
tradição Católica, por mais que elas tragam brincadeiras que agradem
nossas crianças, o perigo é que as tradições e costumes possam entrar na
vida dos pequeninos, o povo de Israel sofreu com os costumes de povos
que o próprio Deus pediu para não se envolver com eles. Observe o que
Paulo escreve:
“Tendo
cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e
vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do
mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8) Como
cristãos não somos contra as festas, pois somos um povo festeiro, mas
antes de participarmos de qualquer festa necessitamos avaliar qual é a
sua finalidade. Não concordamos com os princípios das “inocentes
festasjuninas” que sorrateiramente tem-se recebido permissão de muitos
cristãos e até de pastores, daí não entendermos o porquê de nossos
filhos não terem mais desejo pela Bíblia, ou por servir ao Senhor
Jesus. Alguns pais de minha
igreja tem-me perguntado: Meu filho é obrigado a participar da
festa junina porque vale nota no boletim! Este tem sido um problema para
muitos pais evangélicos. No Inciso 5º da Constituição Federal reza o
seguinte: "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma
da lei, a proteção aos locais dos cultos e suas liturgias".
Por
fim consideremos que o Brasil é o maior país agrícola do mundo. No
entanto, importamos alimentos, arroz, feijão, trigo, café, cacau etc.
Deveríamos exportar, pois temos terras de excelente qualidade. Um dos
problemas da falta de produção agrícola é a desvalorização do "homem do
campo" que é humilhado nas festas juninas. As Festas Juninas humilham as
pessoas do campo; o caipira quando não é banguela é desdentado, seu
andar é torto, corcunda por causa da enxada, a botina é furada, suas
roupas são rasgadas e remendadas, um pobre coitado. A Bíblia diz: “Quem
caçoa do pobre insulta a Deus, que o fez” (Pv 17.5).
CURIOSIDADES: VOCÊ SABIA? QUADRILHA. Que a quadrilha é uma dança de origem francesa? Foi trazida ao Brasil no início do século XIX passando a ser dançada nos salões da corte e da aristocracia brasileira. Com o passar do tempo, deixou a nata da sociedade e incorporou-se às festas populares gerando, assim, suas variantes no interior do país. PIROLÁTRICOS. Você sabia que os cultos pirolátricos são de origem portuguesa? Antigamente, em Portugal, acreditava-se que o estrondo de bombas e rojões tinha como finalidade espantar o diabo e seus demônios na noite de São João. Atualmente, no mês de junho intensifica-se o uso desses artifícios, porém, desassociado dessa antiga crendice.
Fonte: Blog do Pastor Sérgio
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