O Natal e o Nome do Menino
"Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1:21).
De acordo com o relato acima do Evangelho
de Mateus, o nome de Jesus Cristo foi dado pelo anjo Gabriel quando
anunciou seu nascimento a José, desposado com a virgem Maria. Gabriel não somente disse que Maria estava grávida pelo Espírito Santo de Deus como orientou José a chamar o filho de "Jesus".
A razão para este nome, cuja raiz em
hebraico significa "salvar," é que aquele menino, filho de Maria e Filho
de Deus, haveria de salvar o seu povo dos seus pecados, conforme
anunciou o anjo.
Não precisamos ir mais
longe do que isso para entender o significado do Natal. Está tudo no
nome do Menino. No nome dele, Jesus, temos a razão para seu nascimento, a
sua identidade e a missão de sua vida. Em outras palavras, aquilo que o
Natal realmente representa.
A razão do seu nascimento é simplesmente
esta, que somos pecadores, estamos perdidos, não podemos resolver este
problema por nós mesmos e precisamos desesperadamente de um Salvador,
alguém que nos livre das consequências passadas, presentes e futuras dos
nossos erros. Deus atendeu nossa necessidade escolhendo um homem como
nós para ser nosso representante e Salvador, alguém que partilhasse da
nossa humanidade e fosse um de nós. Esse homem nasceu há dois mil anos
naquela manjedoura da cidade de Belém, num pais remoto, lá no Antigo
Oriente. E ganhou o nome de Jesus por este motivo.
Sua missão era assumir nosso lugar como
nosso representante diante de Deus e sofrer todas as consequências de
nossos pecados, erros, iniqüidade, desvios e desobediências. Em vez de
castigar-nos com a morte eterna, como merecemos, Deus faria com que ele a
experimentasse em nosso lugar, que ele experimentasse toda dor e
sofrimento conseqüentes dos nossos pecados. Essa missão foi revelada
logo ao nascer pelo anjo Gabriel ao recitar seu nome a José: Jesus.
Para nos salvar de nossos pecados, ele
teria de sofrer e morrer, ser sepultado, ficar sob o domínio da morte e
desta forma pagar inteiramente nossa dívida para com Deus. Somente assim
poderíamos ser salvos das consequências eternas de nossa desobediência.
Mas, para que os benefícios de seu sofrimento e de sua morte pudessem
ser transferidos a outros seres humanos, ele não poderia ter pecado ou
culpa pois, senão, ao morrer, estaria simplesmente recebendo o salário
do seu próprio pecado. Mas, se ele fosse inocente, sem pecado e
perfeito, sua morte teria valor para os pecadores. Por este motivo, ele
foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, ainda virgem, Filho
de Deus, sem pecado. O Salvador tinha que ser Deus e homem ao mesmo
tempo.
Quando um colunista, que objeta ao
nascimento sobrenatural de Jesus, escreveu recentemente em um jornal de
grande circulação de São Paulo que virgens não dão à luz todos os dias,
ele estava mais certo do que pensava. Esse é o único caso. Jesus é
único. Deus e homem numa só pessoa. Nem antes e nem depois dele virgens
engravidam sobrenaturalmente. Da mesma forma que Deus não cria mundos
todos os dias, também não gera salvadores de virgens cotidianamente.
Pois nos basta este.
O famoso teólogo suíço Emil Brunner disse
que todo homem tem um problema no passado, no presente e no futuro. No
passado, culpa. No presente, medo. E no futuro, a morte. Jesus nos salva
de todas estas consequências do pecado: nos perdoa da culpa de nossos
erros passados, nos livra no presente do medo ao andar conosco e nos
livrará da morte pois ressurgiu dos mortos e vive à direita de Deus. Um
dia haverá de nos ressuscitar.
É isto que o Natal representa. É por isto
que os cristãos o celebram com tanta gratidão e alegria. Nasceu o
Salvador. Nasceu Jesus! Como este anúncio alegra o coração daqueles que têm culpa, sentem medo e sabem que vão morrer!
Augustus Nicodemus Lopes (IPB)
Augustus Nicodemus Lopes (IPB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário