A Bíblia e a Bebida Alcoólica
Às vezes parece difícil saber ao certo que postura o
cristão deve tomar diante das bebidas alcoólicas. De um lado, acham-se
muitos textos que parecem incentivar a abstinência, mas, por outro lado,
há trechos em que Jesus transformou a água em vinho, bebeu vinho etc.
Qual é o ensino das Escrituras acerca do uso do álcool?
Para
entendermos esse assunto corretamente, é necessário começar com uma
postura adequada. Devemos descartar as idéias preconcebidas e não
procurar encaixar as Escrituras à força na posição que preferimos ou já
concluímos ser a mais correta. Precisamos tratar da questão com a mente
aberta e tentando apenas descobrir o que a Palavra de Deus ensina sobre o
assunto. Este artigo tratará de vários aspectos das Escrituras e,
somente após de analisarmos vários textos e conceitos, chegaremos em uma
conclusão sobre o cristão e as bebidas alcoólicas.
Quando ler
esses trechos que mencionaremos, procure entender cada um por vez, mas
aguarde para só no fim do estudo formular uma conclusão que poe em conta
todos os aspectos em questão.
Analise vários textos
Esses
textos serão citados com poucos comentários. Estude cada um e analise
com cuidado o seu significado. "O vinho é escarnecedor, e a bebida
forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio"
(Provérbios 20:1). O sábio mostra que há um perigo no vinho e que ele é
enganador. "Ouve, filho meu, e sê sabio; guia retamente no caminho o teu
coração. Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre os comilões
de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência
vestirá de trapos o homem" (Provérbios 23:19-21). "Para quem são os ais?
Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para
quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os
que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida
misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando
resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a
cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos verão cousas esquisitas, e
o teu coração falará perversidades. Serás como o que se deita no meio
do mar e como o que se deita no alto do mastro e dirás: Espancaram-me, e
não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando despertarei? Então
tornarei e beber" (Provérbios 23:29-35). Que cena patética a do homem
que se deixou vencer pelo álcool. "Palavras do rei Lemuel, de Massá, as
quais lhe ensinou sua mãe. Que ti direi, filho meu? Ó filho do meu
ventre? Que ti direi, ó filho dos meus votos? Não dês às mulheres a tua
força, nem os teus caminhos, às que destroem os reis. Não é próprio dos
reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes
desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e
pervertam o direito de todos os aflitos. Dai bebida forte aos que
perecem e vinho, aos amargurados de espírito; para que bebam e se
esqueçam da sua pobreza, e de suas fadigas não se lembrem mais"
(Provérbios 31:1-7).
O vinho não serve para os reis, mas sim para
os que não têm nada por que viverem. "Ai dos que se levantam pela manhã
e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os
esquenta!" (Isaías 5:11). "Ai dos que são heróis para beber vinho e
valentes para misturar bebida forte" (Isaías 5:22). "O Senhor derramou
no coração deles um espírito estonteante; eles fizeram estontear o Egito
em toda a sua obra, como o bêbado quando cambaleia no seu vômito."
(Isaías 19:14). "Mas também estes cambaleiam por causa do vinho e não
podem ter-se em pé por causa da bebida forte; o sacerdote e o profeta
cambaleiam por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho, não podem
ter-se em pé por causa da bebida forte; erram na visão, tropeçam no
juízo. Porque todas as mesas estão cheias de vômitos, e não há lugar sem
imundícia" (Isaías 28:7-8).
Junto com a vergonha da embriaguez,
as Escrituras geralmente frisam o efeito causado sobre a mente. Quando
sacerdotes, profetas e juízes bebem, eles desviam os homens de Deus. O
texto a seguir ressalta o mesmo pensamento: "A sensualidade, o vinho e o
mosto tiram o entendimento" (Oséias 4:11). "Ai daquele que dá de beber
ao seu companheiro, misturando à bebida o seu furor, e que o embebeda
para lhe contemplar as vergonhas! Serás farto de opróbrio em vez de
honra; bebe tu também e exibe a tua incircuncisão; chegará a tua vez de
tomares o cálice da mão direita do SENHOR, e ignomínia cairá sobre a tua
glória" (Habacuque 2:15-16). "Ou não sabeis que os injustos não
herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras,
nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem
avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino
de Deus." (1 Coríntios 6:9-10). "Ora, as obras da carne são conhecidas e
são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias,
inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções,
invejas, bebedices, glutonarias e cousas semelhantes a estas, a respeito
das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não
herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam" (Gálatas 5:19-21).
"Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos
gentios, tendo andando em dissoluções, concupiscências, borracheiras,
orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias. Por isso, difamando-vos,
estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão" (1
Pedro 4:3-4). A embriaguez é um pecado muitas vezes condenado.
Analise a História
A
bebida forte tem um passado sórdido. O justo Noé caiu por causa do
vinho: "Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda"
(Gênesis 9:21). Parece que a bebida alcoólica influencia a pessoa para
fazer o que jamais faria se estivesse sóbria. Quando as filhas de Ló
desejaram ter filhos do pai, elas o embrigaram e depois o procuraram. O
álcool em si não estimulou a concepção, mas elas sabiam que Ló ficaria
muito mais passível de cometer essa imoralidade se estivesse bêbado.
"Subiu Ló de Zoar e habitou no monte, ele e suas duas filhas, porque
receavam permanecer em Zoar; e habitou numa caverna, e com ele as duas
filhas. Então, a primogênita disse à mais moça: Nosso pai está velho, e
não há homem na terra que venha unir-se conosco, segundo o costume de
toda terra. Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele e
conservemos a descendência de nosso pai. Naquela noite, pois, deram a
beber vinho a seu pai, e, entrando a primogênita, se deitou com ele, sem
que ele o notasse, nem quando ela se deitou, nem quando se levantou. No
dia seguinte, disse a primogênita à mais nova: Deitei-me, ontem, à
noite, com o meu pai. Demos-lhe a beber vinho também esta noite; entra e
deita-te com ele, para que preservemos a descendência de nosso pai. De
novo, pois, deram aquela noite, a beber vinho a seu pai, e, entrando a
mais nova, se deitou com ele, sem que ele o notasse, nem quando ela se
deitou, nem quando se levantou. E assim as duas filhas de Ló conceberam
do próprio pai" (Gênesis 19:30-36).
Absalão decidiu matar Amnom
enquanto este bebia, talvez por crer que ele seria menos capaz de se
defender se estivesse num estado um tanto inebriado: "Absalão deu ordem
aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom
estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o
matareis. Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes e
valentes" (2 Samuel 13:28). Um dos pecados de Belsazar, na noite em que
viu a mão na parede e em que seu reino foi tomado, foi o fato de estar
bebendo: "Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata,
de bronze, de ferro, de madeira e de pedra" (Daniel 5:4).
Analise a palavra vinho na Bíblia
O
termo vinho na Bíblia tem vários significados. Nos textos acima, está
claro que a palavra se refere à bebida alcoólica. Mas, em outras
ocasiões, significa suco de uva. Examine, por exemplo, Lucas 5:36-38:
"Também lhes disse uma parábola: Ninguém tira um pedaço de veste nova e o
põe em veste velha; pois rasgará a nova, e o remendo da nova não se
ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho
novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão.
Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos." O vinho novo
nesse texto diz respeito ao suco de uva fresco. A idéia é que quando o
suco é posto nos odres, ele aumenta durante o processo de fermentação.
Se colocado em odres velhos que já estão esticados, estes se romperão. É
um fato geralmente aceito, como mostra claramente esse texto, que o
vinho na Bíblia nem sempre era alcoólico. Talvez as nossas palavras
beber e bebida possam ser um bom exemplo da mesma duplicidade de
sentido. Dependendo do contexto, beber pode certamente estar relacionado
com bebidas alcoólicas ou apenas significar a ingestão de algum líquido
qualquer.
É muito importante lembrarmos desse sentido duplo da
palavra vinho. Em João 2, Jesus transformou perto de 600 litros de água
em vinho. Fez isso depois que os convidados da festa "beberam
fartamente". Jesus fez vinho suco de uva ou vinho alcoólico? Lembre-se
que as duas coisas são possíveis tendo em vista a própria definição do
termo vinho. Mas há duas considerações que nos levam a crer firmemente
que se tratava de suco e não de bebida alcoólica. Em primeiro lugar,
Jesus o fez na hora. No primeiro momento em que o vinho daquela época
era produzido, ele era suco. Somente após um processo de envelhecimento e
de fermentação é que se tornava alcoólico. Em segundo lugar, o que é
mais importante, se Jesus tivesse feito vinho alcoólico, ele teria
estado incentivando a embriaguez. A questão aqui não é um ou dois copos
de vinho. Essas pessoas, após já terem bebido muito, receberam mais umas
centenas de litros. Jesus jamais incentivou os pecados do homem,
tampouco contribuiu para eles. Portanto, parece claro que esse vinho era
do tipo não-alcoólico.
É também útil entender algumas coisas
sobre os vinhos alcoólicos das terras bíblicas. Naquela época, só havia
fermentação natural. Eles ainda não tinham inventado a tecnologia para
acrescentar mais álcool às bebidas fermentadas por processo natural.
Isso significa que o mais alcoólico dos vinhos da Palestina tinha cerca
de 8% de álcool. Pela lei, esses vinhos eram diluídos em água,
normalmente três ou quatro partes de água para uma parte de vinho. Esses
vinhos fracos, enfraquecidos mais ainda pela adição de enormes
quantidades de água, passaram a ser usados como bebidas para acompanhar
as refeições. Não eram usados como bebidas, mas apenas como se usa um
copo de água ou uma xícara de café que se bebe com a refeição. Vários
textos bíblicos parecem apontar para esse uso do vinho --como uma bebida
para acompanhar as refeições (observe 1 Timóteo 3:3, 8; Tito 1:7;
Mateus 11:18-19).
Analise algumas conclusões
Provérbios
23, já citado, condena o uso do vinho "vermelho" que brilha no copo. O
tipo de bebidas alcoólicas usado em nossa sociedade é o mesmo tipo
sistematicamente condenado na Bíblia. Jamais fiquei sabendo de alguém
que tomasse um pequeno copo de vinho fraco diluído na proporção 4:1 de
água como acompanhamento de uma refeição. Os vinhos, as cervejas e os
licores de hoje enquadram-se na categoria de bebida forte, e nenhum
texto sequer pode ser encontrado na Bíblia que permita que sejam
consumidos por um filho de Deus.
- Paulo estimulou a Timóteo de
modo especial para que tomasse "um pouco de vinho" por questões de saúde
(1 Timóteo 5:23). Às vezes se usa esse texto para mostrar que é
possível beber. Mas, de fato, o que ele faz é justamente o oposto. Se
Timóteo tivesse tido o hábito de beber uma cerveja aqui e ali, por que
precisou que Paulo lhe desse uma permissão especial para usar um pouco
de vinho como remédio? Esse texto nos leva à conclusão de que o uso de
álcool pelo cristão deve ser uma exceção, não uma regra. Muitos remédios
de nossos dias contêm álcool ou outras drogas intoxicantes. O discípulo
de Cristo deve ser muito cuidadoso com eles e usá-los apenas com muita
moderação. O fato de que uma exceção precisou ser dada para permitir o
uso de remédios com teor alcoólico sugere que é errado beber por prazer.
-
O servo de Cristo deve sempre analisar o efeito de seus atos sobre o
próximo: "É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer
outra cousa com que teu irmão venha a tropeçar" (Romanos 14:21). Mesmo
que o cristão pudesse beber moderadamente, de qualquer modo esse texto
ainda o estaria proibindo na maioria dos casos. A bebida alcoólica leva
tantos cristãos a cair, que aquele que tenta ajudar o seu irmão a não
tropeçar certamente não lhe dará o exemplo, bebendo diante dele.
-
A Bíblia sistematicamente exige que sejamos sóbrios (leia com cuidado 1
Tessalonicenses 5:6; 2 Timóteo 4:5; 1Pedro 4:7; 5:8). Entre as
primeiras conseqüências da bebida são a ausência de inibições, o
enfraquecimento do autocontrole, a falta de juízo. Essas conseqüências
ocorrem bem antes da pessoa começar a perder o controle das habilidades
motoras, a falar arrastadamente etc. O diabo está sempre procurando-nos
tentar; para enfrentar a essas tentações, o filho de Deus deve estar
profundamente alerto e sóbrio em todo tempo.
Embora não fosse
possível afirmar, com base nas Escrituras, que ingerir qualquer
quantidade de álcool por qualquer motivo é sempre pecado, parece claro
que o servo de Deus não será alguém que simplesmente bebe canecas de
cerveja ou taças de vinho. O beber socialmente que vemos hoje em dia é o
tipo condenado em muitos textos das Escrituras. "O vinho é
escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é
vencido não é sábio" (Pròverbios 20:1).
Fonte: www.jesussite.com
Sua ipocrisia me assusta.interpretar as escrituras à seu modo e facil.triste e informar verdades a sua maneira de pensar.
ResponderExcluirÓ bichinho, ficou incomodado? Doeu? Cada pessoa se expressa como quer. Ele te ofendeu? Você o chamou de Ipócrita. Corrigindo seu "português": Hipôcrita. É com H, viu? Sua ignorância assusta. Interpretar o idioma português ao seu modo é duro. Triste é ver você escrever errado. Vai estudar, vai.
ExcluirÓ bichinho, ficou incomodado? Doeu? Cada pessoa se expressa como quer. Ele te ofendeu? Você o chamou de Ipócrita. Corrigindo seu "português": Hipôcrita. É com H, viu? Sua ignorância assusta. Interpretar o idioma português ao seu modo é duro. Triste é ver você escrever errado. Vai estudar, vai.
Excluir"Hipócrita" é com acento agudo. E de fato o texto é tendencioso. Ainda bem que a Bíblia não é. É bem claro que Cristo sorveu o vinho, que Paulo aconselha aos presbíteros não beber vinho e aos diáconos a consumir "pouco" vinho e faz referência a ceia do Senhor, dizendo que muitos ficavam "embriagados" enquanto outros passavam fome, indicando que a ceia ou a festa ágape continham vinho alcoólico.
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ResponderExcluirTrechos como Gn 14.18-19 e Dt 14.26 mostram claramente que em determinadas circunstancias não é pecado consumir vinho ou bebida forte, como foi com Melquisedeque rei de Salém que era sacerdote do Deus Altíssimo que trouxe vinho e pão a Abraão para o abençoar, e no caso dos dízimos em Dt 14.26 quando a viagem fosse muito longa poderia comprar com dinheiro tudo que deseja-se a sua alma, vacas, ovelha, vinho e bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir atua alma e come-las ali perante o SENHOR teu Deus e se alegrará tu e tua casa.
ResponderExcluirEu não sabia que até nas igrejas históricas tinha fariseu, o próprio João Calvino sistematizador da Teologia Reformada gostava de beber vinho e seu pagamento era o equivalente a 50 dólares, doze medidas de cereais, dois barris de vinho e uma moradia em Genebra.
A Bíblia Sagrada condena a embriaguez (Dt. 21:20; Pv. 20:1; Ro. 13:13; 1 Cor. 6:10; Gal. 5:21; Ef. 5:18; 1 Pe. 4:3). Por outro lado, A Bíblia Sagrada diz que o vinho não é mau. De fato, as Escrituras Sagradas dizem exatamente o contrario, ou seja, segundo a Bíblia, o vinho é bom. Temos o uso do vinho de forma positiva e advertência contra a embriaguez. Por exemplo, a palavra usada para referir-se ao “vinho bom” no casamento em Canaã (do grego oinos), é a mesma palavra usada em Efésios 5:18, “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem…”. E, uma das palavras para “embriaguez” é oinopotes (Mateus 11.9), uma palavra relacionada ao mesmo grego oinos. Neste versículo, os fariseus acusam a Jesus de ser “um comilão e beberrão”. Jesus, portanto, bebia vinho na companhia das pessoas, e não pecava.
ResponderExcluirO vinho, diz a Palavra de Deus, “alegra o coração do homem” (Salmos 104.15; Eclesiastes 10.9). Além do uso recreativo, o vinho também era usado por razões médicas (1 Timóteo 5.23). O vinho tinto tem mostrado suas virtudes em fortalecer o coração, segundo a medicina moderna. Não é de se estranhar que a Bíblia mostre o vinho como uma das benções de Deus dá aos justos (Pv 3.9-10). Nosso Senhor, Jesus Cristo, santificou o uso do vinho no casamento (João 2), e Jesus mesmo bebeu vinho (Mateus 11.18-19).
Quando Jesus instituiu a Ceia do Senhor, era a festividade da Páscoa. Vinho era a bebida usada na ceia da Páscoa, e Jesus bebeu o “fruto da videira” com os apóstolos (Lucas 22.18). O “fruto da videira” era como os judeus se referiam ao vinho nos tempos de Jesus.
““Fruto da videira” é o termo designado por Jesus na instituição da Ceia do Senhor… é a expressão empregada pelos judeus desde tempos imemoriáveis para o vinho tomado nas ocasiões sacras, como a Páscoa e na noite do Sábado (Mishnah Berakoth 6.1). Os gregos também usavam o mesmo termo como sinônimo do vinho que era capaz de produzir intoxicação (Herodotus i.211, 212).” – Davis Dictionary of the Bible Illustrated (Baker, 1973), ed. John D. Davis, p. 868.
O vinho foi usado quase universalmente na Ceia do Senhor em toda a história da Igreja Cristã até 1870. Somente a partir de 1849 isso mudaria. Naquele ano, um pastor congregacionalista, de nome Moses Stuart, publicou um folheto defendendo a ideia de que “quando a Bíblia fala sobre vinho de forma negativa, se refere ao fermentado, e quando a Bíblia louva o vinho, significa… suco de uva.” Obviamente, ele interpretou de forma equivocada o oinos do casamento de Canaã em João 2 como suco de uva, e a mesma palavra oinos em Efésios 5.18 e Mateus 11.19 como “fermentado”.
Entrementes, o Dr Thomas Welch, um dentista e oficial de uma Igreja Metodista Episcopal em Nova Jersey, estava preocupado sobre o uso do vinho da Comunhão. Sua preocupação devia-se ao crescente problema de embriaguez nos Estados Unidos. Dr. Welch se converteu em um ativista do movimento de Temperança na América, que advogava a total abstinência do álcool. Assim, em 1869, Dr Welch inventou o suco não-fermentado de uvas, e recomendou seu uso ao pastor da sua igreja para a Ceia do Senhor. Em 1916, os Metodistas tornaram o uso do suco de uva obrigatório, e muitas outras Igrejas protestantes seguiram o exemplo, de modo que a prática se espalhou rapidamente entre as Igrejas evangélicas na América e, a partir dos Estados Unidos, à todo o mundo.
Porém, vinho, e não suco de uva, é a bebida ordenada por Jesus Cristo:O Filho de Deus para a Ceia do Senhor.