O Brasil precisa de pastores de caráter limpo
O caráter de um pastor define o seu ministério. Isso
significa que um pastor cujo caráter é íntegro produzirá um ministério
limpo, cheio de graça e de verdade, um ministério sem nebulosidades.
Contudo, um pastor sem caráter, invariavelmente, produzirá um ministério
fajuto, de mentirinha, caracterizado pela arrogância, vaidade, roubos
(não só financeiros, mas de tempo e de vidas), adultérios e neuroses
pessoais pretensamente anunciadas como revelações de Deus.
Não
adianta um ministério aclamado pelos homens, mas reprovado por Deus. No
final, o que conta mesmo é minha vida diante de Deus. Quando se trata de
liderança pastoral há um trecho da palavra de Deus que muito me chama a
atenção. É o texto de Mateus 7:21-23, que diz: “Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade
de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me:
Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em
teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos
milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci.
Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.”
O curioso
nesse texto é que todas as realizações alegadas pelos que estão sendo
reprovados no juízo final são funções associadas à liderança pastoral:
profecias, expulsão de demônios, realização de milagres. Só líderes no
reino de Deus realizam tais tarefas. O Senhor, entretanto, os reprova,
pois o coração desses líderes não era limpo, seu testemunho era
condenável, suas motivações mais íntimas eram mesquinhas e egoístas.
Na verdade, esses líderes tomavam o nome de Deus em vão todas as vezes
que realizavam milagres, profetizavam ou expeliam demônios, pois no
dia-a-dia “praticavam a iniqüidade”, promoviam a si mesmos.
Jesus,
no sermão do Monte, entre outras bem-aventuranças, declarou que são
“bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt. 5:8).
Deus se importa muito com um coração limpo. Por essa razão, Jesus inclui
os limpos de coração em suas bem-aventuranças.
O pastor precisa
ter coração limpo se deseja servir a Deus com integridade e um
testemunho pessoal aprovado. Davi escreve “Quem subirá ao monte do
Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e
puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura
dolosamente” (Salmo 24:3-4). Por isso, o líder da igreja, deve conservar
o “mistério da fé com a consciência limpa” (I Tm. 3:9).
Manter
um bom testemunho por ter um coração limpo não necessariamente fará do
pastor um sucesso entre os homens. Pelo menos enquanto este pastor
estiver vivo. Depois de morto é outra história. Não obstante, é o bom
testemunho que fará desse líder um vitorioso diante do Seu Senhor, pois
Deus sabe que o bom testemunho agrega as ovelhas, enobrece o reino de
Deus, honra o nome do Senhor, não escandaliza os mais fracos na fé.
Portanto,
cabe a cada líder pastoral avaliar diariamente como está o seu coração.
Esse exercício devocional é imprescindível para ser bem sucedido no
ministério da Palavra, pois somente os limpos de coração verão a Deus e,
assim, serão considerados bem-aventurados.
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