domingo, 6 de novembro de 2011

Mensagem: Como Proceder com o nosso Semelhante? PDF Imprimir E-mail
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Mateus 7.1-5       Jesus dá sequência ao sermão do monte, depois de falar sobre ansiedade e confiança em Deus. Ele diz para as pessoas não julgarem e inicia sua fala com uma negativa: não façam! Para fazer julgamento dessa natureza precisa de critério, de conhecimento prévio, de provas concretas, de testemunho.
A palavra utilizada no grego é krinete, vindo do termo krino. Esse termo é utilizado para julgar, com um sentido jurídico.
         As pessoas na época de Jesus julgavam de conformidade com a lei (Atos 23.3). Essa era uma prática dos fariseus e do Sinédrio (Mateus 26.59-60). Eles viviam julgando Jesus para o pegarem em alguma falta. Até mesmo pagaram a Judas (Mateus 26.14-16) para entregar Jesus e incentivaram o povo, quando Jesus foi julgado e enviado para a cruz, dizendo: que seja crucificado (Mateus 27.20-22).
         Jesus volta-se para os seus discípulos e diz para não julgarem, pois com o julgamento que alguém pronuncia contra os outros, ele mesmo será julgado.
         Para o apóstolo Paulo e a igreja primitiva, Jesus é o juiz de todo o mundo, como também Deus, o Pai, o é. A paciência divina ainda dá aos homens tempo para se arrependerem e crerem em Cristo: "Daquele que não tinha pecado Deus fez um sacrifício pelo pecado em nosso favor, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 coríntios 5.21). Jesus é Senhor e Salvador nosso!
         Desta forma, nossa conduta aqui na Terra, com o nosso semelhante, deve ter:

1)     A medida certa:
Jesus utiliza um argumento interessante: o outro! Pensemos assim: Eu e você! Quem é a medida certa? Não julgueis, pois você será julgado. O critério que você utilizar, o outro utilizará também.  À medida que você usar, o outro pode usar também. É a lei do retorno!
Conheço muitas pessoas que se colocam como padrão para falarem de outras, dizendo: não sei por que ela faz desse jeito, eu não faço assim, não sou assim! O que ela fez foi errado!
Apontamos os erros dos outros de acordo com os nossos padrões. Parece até que nós somos a medida certa para avaliar a atitude das pessoas, como a parábola do fariseu e publicano utilizada por Jesus (Lucas 18.9-14).
A medida certa para utilizar no julgamento é o amor (Mateus 5.43-44). Só ele pode nos direcionar para uma avaliação adequada, para um julgamento correto. Ele é o critério definido, limpo, justo e verdadeiro.
Além de termos uma medida justa, precisamos também de:

2)    Visão objetiva:
O terceiro e quarto versículos dizem assim: "Por que vês o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tens uma trave no teu?". Podemos concluir dessa forma: porque é difícil olhar para nós mesmos, mas é fácil ver o erro do irmão?
O cisco utilizado no texto é algo muito pequeno, já a trave é algo enorme, como um tronco. Jesus usa os extremos, como figura de ilustração para sua fala. Conseguimos ver o que é pequeno, cisco, na vida do irmão, mas não conseguimos enxergar o tronco na nossa vida.
         Como é difícil olhar para dentro da gente e verificar nossas falhas, nossos erros, nossos defeitos. Você já fez uma experiência de ficar nu em frente ao espelho e perceber aquilo que não gosta? Parece até que só olhamos para os defeitos, pois sempre tem algo que queríamos mudar.
         Jesus chama a atenção dos seus ouvintes para olharem para si, verificarem suas vidas, seus caminhos, suas maneiras de se relacionar com o próximo.
         A visão adequada de nós mesmos é importante para o relacionamento com o outro. Podemos perceber, pela Palavra de Deus, que somos pecadores, todos nós, sem distinção, conforme registrado em Romanos 3.9-12.
         A instrução aqui não é para concordar com pecados e passar a mão na cabeça. Mas olhar para o semelhante como humano, passível de erros e acertos, como nós. Olhar para o semelhante com alvo do amor e salvação de Deus, como aquele que precisa de consideração e respeito.
         Olhar para o outro como ser humano é importante. Mas, também, precisamos nos relacinoar:

3)    Sem uso de máscaras
O termo utilizado para hipócrita é o de dissimulador, fingido, um ator. Os atores utilizavam as máscaras para representar os papéis, não o que ela era internamente. Desta maneira, uma pessoa podia interpretar e deixar de ser ela naquele momento. Vivia, falava e se movia como aquele personagem.
O Novo Testamento conhece a hipocrisia no sentido de aparentar ser bom, sem sê-lo. Jesus adverte os seus discípulos para não usarem máscaras, serem eles mesmos. Essa advertência está relacionada com aquilo que já havia falado, no próprio sermão do monte, em Mateus 6.2, dizendo: "Assim, quando deres esmolas, não faças tocar trombeta diante de ti, a exemplo dos hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua recompensa".
A advertência feita por Jesus foi seguida pelos seus apóstolos. Pedro chama a atenção dos seus leitores, em 1ª Pedro 2.1, dizendo: "Portanto, deixando toda maldade, todo engano, fingimento (hipocrisia), inveja e toda difamação". Pedro faz essa afirmação porque, algum tempo atrás, fora repreendido por Paulo (Gálatas 2.11-21). Ele acertou seu caminho e tirou sua máscara.
Jesus nos orienta a seguir a caminhada aqui na Terra sem o uso de máscaras. Podemos ser nós mesmos, seres humanos regenerados por Cristo Jesus.

Conclusão:
         Seguir os ensinos do Mestre Jesus é ter saúde espiritual. O caminho para a felicidade é encontrado nas palavras e exemplos do nosso Senhor.
         Viva sob a luz da Palavra de Deus e utilize o critério bíblico para todas as suas ações.
Que Deus o(a) abençoe!
 Fonte: www.ipmaracana.com.br

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