segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sermão do Monte - Falsos Profetas


sermo Jesus conclui o seu Sermão do Monte, a súmula ética do reino de Deus, dando aos discípulos, à multidão e aos líderes religiosos quatro avisos básicos. Eles deviam escolher entre: duas portas e dois caminhos (v.13-14); dois tipos de profetas (v.15-20); dois tipos de discípulos (v.21-23) e dois fundamentos (v.24-27). Ao homem cabe a escolha: um ou outro, com Jesus ou contra ele? A porta e o caminho para a vida eterna são estreitos e somente por meio de Jesus (v.13-14;Jo.14:6). Importa-nos falar sobre os dois tipos de pessoas nesta conclusão do sermão, que estão relacionados com a igreja, conosco, com as nossas vidas. Um duro discurso, que fala sobre as nossas vidas... Alerta contra os falsos Profetas e falsos Discípulos
Antes de tratar esta passagem é necessário recordar a respeito de dois ofícios do AT, um dos quais Jesus usa nestas palavras de advertência, quais sejam: profeta e sacerdote.
Sacerdote - recebe as demandas e ofertas do povo e as entrega a Deus; representa o povo perante Ele;
Profeta - recebe a mensagem de Deus e entrega ao povo. O papel de um verdadeiro profeta (Ez.3:16-19;33:1-9) é ser um atalaia. Isto significa ser responsável por aqueles a quem se ministra, tendo de advertir a respeito de alguma ameaça e sobre a manutenção da conduta correta. O povo de uma cidade atendia ao aviso de um atalaia, mas frequentemente não ouvia a repreensão dos profetas do Senhor!

Desenvolvimento

•1.       Jesus adverte a respeito de falsos profetas e de suas reais intenções (v.15)
Jesus ensina a seus discípulos que estes devem sabiamente discernir sobre os profetas que estão no seu meio. Estes vêm "disfarçados em pele de ovelha", ou seja, trata-se de um indivíduo que se aproxima de nós, dando-nos a impressão de ser tudo o quanto seria desejável em alguém, travestido de piedade. Parece conhecer a luz, mas esta pessoa interiormente veio para destruir; é um "lobo devorador". Como reconhecê-lo? Duas coisas sinalizarão a respeito deste impostor: seu ensino e seu estilo de vida.
•2.       Jesus declara como reconhecer o erro, detectar o perigo (v.16-20)
  • "Pelos seus frutos os conhecereis": o ensino do profeta, sua vida e os resultados da sua influência sobre os outros. Doutrina e vida jamais podem ser dissociadas - ortodoxia (doutrina certa) e ortopraxia (ação correta); falar e viver. Onde há ensino distorcido, haverá uma vida sendo conduzida erroneamente.
  • Doutrina. Como detectar um ensino/doutrina errado? Um ensino falso não se trata somente de um ensino claramente distorcido, que pode ser revelado pelo exame das Escrituras (veja o exemplo dos bereanos em At.17:11), mas também por deixar de dizer mensagens fundamentais, alertas essenciais. Lloyd-Jones nos exorta que as pessoas parecem ser capazes de detectar o indivíduo que diz as coisas certas, mas não as que deixam de fora os temas necessários. Vejamos uma aplicação para os dias de hoje a respeito da omissão na mensagem de um falso profeta do engano:
  • o Não inclui em sua mensagem os temas da "porta estreita", do "caminho apertado", do escândalo da cruz (Gl.5:11), de renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz (Mt.16:24);
  • o Destacam o amor de Deus, usando-o como pretexto para todas as ações, mas deixam de lado os seus outros atributos Raramente ensinam sobre a santidade, justiça e ira de Deus (Ef.2:3), que foram satisfeitos unicamente pela cruz;
  • o Passam de lago pela doutrina do julgamento final e da condenação. Não destacam a situação pecaminosa do homem, incapaz de fazer qualquer coisa por sua salvação (Rm.3:23;Ef.2:5). Tal homem crê na morte substitutiva de Cristo, a única forma de expiar o nosso erro (I Pd.2:24)?
Os falsos profetas, disfarçados em peles de ovelha, oferecem uma "salvação facilitada", uma "outra opção" ao caminho estreito.
  • Vida piedosa. Trata-se de qualificar o tipo de árvore: boa ou má. O AT afirma que todas as nossas justiças são como trapo de imundícia (Is.64:6). Somente a que resulta da nossa nova natureza, que traz glória d Deus, é preciosa para Ele. O verdadeiro profeta é luz para o mundo (Mt.5:16).
•3.       O Senhor adverte-nos para que cuidemos de nossa própria vida (v.21-22)
O perigo não está com o "outro" apenas, ele jaz à nossa porta.É necessário um auto-exame. Dizer "Senhor, Senhor", uma confissão oral de Jesus como Senhor, não significa necessariamente ter um coração arrependido e contrito. É imperioso fazer a vontade do Pai (Rm:12-12):
  • O perigo do auto-engano e da auto-ilusão(v.21-23). Somos chamados para uma vida de santificação, de identificação com o Senhor (Hb.12:14). Para o verdadeiro discípulo a santificação segue-se à justificação; esta, um evento (o dia da salvação), aquela um processo em nossa vida.
  • A ilusão do exercício de poder. "Senhor, em teu nome não expelimos demônios? (v.22)" O próprio Judas Iscariotes não possuía esta capacitação? Jesus não enviara os seus discípulos para pregar e libertar as pessoas? (Lc.10:17). O alerta de Mt.24:24 (poderes das trevas) sobre o final dos tempos. Em suma, muitas coisas admiráveis podem ser feitas por pessoas que não nasceram de novo!
•4.       O Senhor nos afirma que haverá um dia, o último dia, em que o julgamento virá (v.22-23)
"Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci". Jesus afirma que um dia exercerá o direito de exercer o justo julgamento. Desse dia ninguém escapará! Embora estes profetas e discípulos condenados aparentassem pertencer a Jesus, eles nunca foram verdadeiramente salvos, porque o Senhor não os conhecia. E o ensino escriturístico nos aponta que o julgamento começa pela casa de Deus (I Pd.4:17-19). Que o Senhor tenha misericórdia de nós e de sua igreja!
"Ao Senhor, toda a honra e glória!"
Fonte: www.ipmaracana.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário