sexta-feira, 23 de março de 2012

É o maior acordo do gênero na história dos Estados Unidos.
Entre 1930 e 2003, 113 padres de Los Angeles foram acusados de abuso de crianças.


A Igreja Católica da cidade de Los Angeles (na Califórnia, oeste dos Estados Unidos) chegou a um acordo com centenas de vítimas de abuso sexual por sacerdotes, confirmou um advogado das vítimas. Esse é o maior acordo do gênero na história dos Estados Unidos.



Ray Boucher, o advogado principal de centenas de vítimas, afirmou na noite de sábado que os advogados que negociam um acordo "superaram um grande obstáculo". Boucher disse antes que os relatórios de um acordo de US$ 660 milhões para 500 vítimas são "precipitados e inexatos", mas uma fonte próxima às vítimas disse neste domingo que os valores estão "nesta faixa".



O acordo, que encerrará os casos contra a Igreja, alguns dos quais remontam à década de 40, deve ser ratificado segunda-feira num tribunal, disse Boucher.



Os casos de abuso sexual em todo país custaram até agora cerca de US$ 2,1 bilhões à Igreja Católica. Vários sacerdotes foram condenados e pelo menos quatro dioceses faliram após pagarem as indenizações.



Dos mais de 5 mil sacerdotes que serviram na arquidiocese de Los Angeles entre 1930 e 2003, 113 foram acusados de abuso, segundo o Relatório Oficial do Povo de Deus da arquidiocese de Los Angeles, publicado em fevereiro de 2004.



Do total de sacerdotes acusados, 43 já morreram, 54 já não exercem o ofício e 16 permanecem no Ministério. Do último grupo, em 12 casos não foram encontradas provas suficientes para declarar abuso e apenas quatro foram processados.

Os cerca de 500 litigantes receberão em média, entre US$ 1,2 milhão e US$ 1,3 milhão cada um, como estipula o acordo, que também permite a divulgação de documentos privados da arquidiocese relacionados ao caso. Alguns detalhes do acordo serão decididos neste fim de semana.

Em outubro de 2005, a arquidiocese revisou as recomendações para adultos que se relacionam com menores em atividades da arquidiocese.



O documento estabelece 17 pontos que determinam o comportamento que qualquer adulto que trabalhe ou seja voluntário na arquidiocese deverá seguir ao interagir com menores.



Desde os primeiros processos por esse tipo de crimes, em Boston, em 2002, foram apresentados milhares de novos casos de abuso sexual de crianças e jovens contra várias dioceses em todo o país.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... 02,00.html

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