sexta-feira, 9 de março de 2012

Congregação Cristã no Brasil passa por crise e escândalos


Arquivado em: Informações Gerais 
Conhecida pela maneira nada carismática como trata as demais igrejas evangélicas, a CCB completou 100 anos em meio a inúmeras crises e dissidência de adeptos. Sua origem está ligada ao italiano Luigi Francescon, que em 1910 desembarcou em São Paulo e conseguiu reunir um grupo de vinte seguidores e fundou a Congregação Cristã do Brasil. Apesar de fundada em 1910, o nome “Congregação Cristã do Brasil” somente foi dado a Igreja por ocasião da Convenção de 1936, sendo substituída a preposição “do” por “no” Brasil na década de 60.
Com sede no Brás (SP), a CCB rapidamente se espalhou pelo país e em pouco tempo atravessou a fronteira alcançando um número significativo de adeptos. Dados da Pentecostalism Encyclopedia (Enciclopédia Pentecostal – uma publicação americana que monitora o crescimento dos pentecostais no mundo) revelou que já no ano 2000 a CCB ocupava a 6º posição no ranking mundial em número de membros pentecostais. No Brasil, somente era superada pela Assembleia de Deus que à época somava cerca de 8,4 dos quase 26 milhões de evangélicos – a CCB reunia cerca de 2,4 milhões de seguidores.
Não se sabe se por esse motivo ou simplesmente pelas diferenças doutrinárias e de usos e costumes, a CCB evita qualquer tipo de contato com a A.D. Ao se referir a A.D – e também as demais igrejas evangélicas – a CCB utiliza o termo pejorativo de “primos”. Aos que decidem frequentar suas congregações, ordena que sejam novamente batizados e se submetam a regras rígidas de comportamento e de expressão social. Caso seja pego em prática de adultério, o membro é destituído de suas obrigações na Igreja e evita-se qualquer tipo de contato com ele – isso porque, segundo eles, o adultério é um pecado contra o Espírito Santo ao qual não existe possibilidade de perdão.
Dissidências
Interpretações como essas e outras mais são um dos motivos do surgimento de inúmeros grupos dissidentes da Congregação Cristã no Brasil, ainda na década de 50. A primeira ruptura de que se tem notícia ocorreu no alto escalão da CCB, com a saída do cooperador Aldo Ferreti que abdicou do seu cargo para fundar a Igreja Renovadora Cristã. Sua atual sede fica na Vila Madalena (SP) em um prédio cuja arquitetura é semelhante aos templos da CCB.
Amigo de longa data de Francescon, Ferreti denunciou – na noite de 14 de maio de 1952, no Brás – os motivos pelos quais ele decidira abandonar o ministério, como a falta de humildade do Colégio de Anciões e o uso excessivo por parte destes de bebida alcoólica – sendo este um dos motivos que mais preocupavam Ferreti. Seguindo o exemplo da IRC, nos anos seguintes novos grupos dissidentes surgiram da CCB, tais como:
  • Congregação Cristã no Brasil Renovada (fundada em 1991 pelo ancião José Valério, em Goiás);
  • Congregação Cristã do Sétimo Dia (fundada em 1993 pelo ancião Luiz Bento Machado, em Santa Catarina);
  • Congregação Cristã Apostólica (fundada em 2001 pelo cooperador Antônio Silvério Pereira, em Aparecida de Goiás, GO. Surgiu de uma fusão da Congregação Cristã no Brasil com a Igreja Renovação Cristã);
  • Congregação Cristã Moriá (fundada em 2004 por Saulo Corcovado Macedo, em Mairinque, SP);
À lista podemos acrescentar também os adenominacionais ou Assembleias Cristãs (grupo de irmãos que se reúnem em casas e possui ministério próprio, embora alguns congreguem na CCB. Sua característica principal é a busca pelo “primitivismo apostólico”, sendo considerado um “movimento de reforma”), a Igreja da Sã Doutrina (fundada no Maringá pelo advogado Laertes Souza), a Congregação Cristã Primitiva (fundada em Goiás e que também promove campanhas pelo retorno à fé primitiva), a Congregação Evangélica Apostólica do Brasil (Imperatriz, Maranhão) etc.
A situação se agrava
Além de dissidências, a CCB se vê às voltas por uma crise que vem se arrastando desde 2000 e que tem causado prejuízos incalculáveis à instituição. De um lado, há os que argumentam haver um “complô” contra o Conselho, enquanto outros dizem possuir evidências que comprovariam corrupção, homossexualismo e prostituição envolvendo o líder máximo da CCB, o ancião e ex – presidente mundial José Nicolau.
Vídeos incriminadores: ex – presidente da CCB, José Nicolau, e membro do CCB a Verdade falam sobre crise
Afastado de sua função no final de 2000, Nicolau – que teria sido alvo de um processo judicial movido por Mário e Lúcio – teve sua credencial definitivamente cassada por ocasião de uma assembléia realizada entre os dias 09 e 13 de abril de 2001, quando Jorge Couri – até então vice – presidente da CCB – interveio para que Nicolau fosse de fato expulso da presidência e abrisse caminho para sua posse. O que de fato ocorreu. Concluído o processo contra José Nicolau, Couri foi empossado como o novo presidente da Congregação Cristã no Brasil e uma nova batalha judicial teve início.
Pessoas ligadas ao ex-presidente da CCB acusaram Couri de ter agido secretamente – e com uso de artifícios mentirosos – para convencer o Conselho a desempossar Nicolau. Tal consta de uma circular e dossiê enviado ao Conselho Nacional de Anciões, na página 30 que reproduzimos em parte.
“Consta que inconformado com a maneira apressada e errada como foi decidido o caso, o saudoso irmão Basílio Gitti, teria proposto rever o assunto logo em seguida, por ocasião da assembléia, realizada nos dias 09 a 13 de abril de 2001, quando seria feito um julgamento responsável.
Porém, sabendo da proposta e da possibilidade do caso ser revisto e a injustiça reparada, JORGE COURI, que era o vice de NICOLAU, de olho na “cadeira da presidência” e sedento para tomá-la a todo custo, tudo fez para embaraçar o reexame da causa. Foi assim, que após incansáveis diligências, localizou SERGIO, ex-motorista de NICOLAU, que havia se mudado para o interior de São Paulo, cidade de Itápolis. Ligou pessoalmente para SERGIO e convocou-o para vir a São Paulo com urgência, onde no interior do apartamento de COURI, começaram as negociações malignas.
Para reforçar as falsas acusações apresentadas anteriormente e aplicar o golpe mortal, COURI teria lançado mão de expediente diabólico, traiçoeiro e criminoso. Aproveitando-se do caráter vulnerável de SERGIO, persuadiu-o após prometer recompensas de todo tipo, inclusive com pagamento em dinheiro, a que aceitasse fazer o papel de mais um falso acusador contra NICOLAU.
O plano foi estabelecido sob as instruções diretas de COURI, que cuidadosamente passou as instruções com todos os detalhes, no interior de seu próprio apartamento; ficando apenas em aberto o preço total da traição. Foram pagos duas parcelas de R$ 5 00,00, pelo próprio COURI e R$ 4.000,00, por seu amigo JEREMIAS GUIDO; enquanto o restante ficou por conta dos depósitos a serem feitos após o cumprimento do acordo.”
Resultado: Jorge Couri foi empossado presidente e José Nicolau seguiu impedido de exercer seu ministério. No entanto, passados alguns dias da posse de Couri, o motorista Sérgio – que segundo a circular teria se arrependido das acusações – procurou o ex-presidente para revelar os detalhes da conspiração criada por Couri e Jeremias Guido. Mesmo após as revelações do motorista, nada foi feito pela Comissão para reverter o quadro.
Há pelo menos 11 anos Couri segue na direção da CCB e enfrenta acusações de desvio de verbas – algo em torno de 20 milhões -, acobertamento de anciões e falsidade ideológica. Juntamente com Jeremias Guido e Sergio Anísio Soares Alves (o motorista), Couri é alvo de um processo impetrado na 8º Delegacia de São Paulo – IP 343/2008, com acusações de estelionato e crime contra a honra. Dois anos antes, o comerciante e membro da CCB de Piedade, José Aparecido da Cruz, foi acusado pelo Ministério Público de ter desviado R$ 19. 962 00 do setor de assistência social da Igreja. Casos como esse demonstram que a corrupção saiu do alto escalão da CCB para se alastrar pelas congregações, havendo até mesmo denúncias de estelionato envolvendo anciões do Japão e em outros países onde a instituição se faz presente (algo em torno de 80).
Além de processos judiciais, Couri também acumulou inimigos dentro e fora da CCB. Grupos reformistas, como a CCB a Verdade – um site criado por anciões que veicula denúncias contra o atual presidente e prega o retorno ao “primitivismo congregacional” – tem deflagrado uma crise sem precedentes dentro da instituição. Mudanças na liturgia – como a proibição de os membros darem glória a Deus nos cultos e a forma de coleta da oferta da piedade – também são motivos de desentendimentos e troca de acusações. Um dossiê completo sobre a crise na CCB pode ser visto no site ccbverdade.com.br e no Scribd.
Não por acaso, a crise vivida pela CCB ocorre em meio às comemorações do centenário – algo semelhante acontece na CGADB, com denúncias envolvendo os líderes da Assembleia de Deus do Belém, como favorecimento da família Bezerra da Costa e problemas nas contas da Convenção. Ambas as instituições fazem parte da chamada “onda Pentecostal” (termo utilizado pela imprensa e estudiosos do pentecostalismo) que demarcaram o início do Pentecostalismo no Brasil, lá pelos idos do começo do século XXI. Por triste coincidência, adentraram ao centenário em meio a uma crise sem precedentes e que promete abrir novas feridas nas duas principais representantes do pentecostalismo brasileiro – embora, como dissemos, existam inúmeras diferenças entre a irmandade e os assembleianos. No entanto, este é um tema para uma futura reflexão.
por Johnny T. Bernardo – do INPR Brasil-Post no Genizah, gospelprime – post inforgospel.com.br
Fonte: http://www.odiario.com

5 comentários:

  1. IGREJA PRESBITERIANA
    UNIDA DO BRASIL
    Manifesto de Atibaia
    Nós, abaixo assinados - pastores, presbíteros e povo presbiteriano, quase todos com dezenas de anos de trabalho fiel no seio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) -, sentimos o imperioso dever de consciência cristã de elaborarmos este documento como fundamento das deliberações que tomamos nesta data.
    Há doze anos que a direção da IPB tomou um rumo inteiramente contrário à sua história no Brasil desde a sua fundação. Temos aguardado pacientemente durante todo este longo tempo, na pressuposição de que o bom senso voltaria a imperar na comunidade presbiteriana. Contudo, o que se observa é a formação de verdadeiro partido político no seio da Igreja, com normas de atuação próprias do meio secular, a fim de perpetuar o domínio de um grupo apenas.
    A continuidade dos mesmos elementos através de eleições sucessivas denota o caráter de imoralidade, daí, no século, a previsão nas constituições decentes da impossibilidade de reeleição do presidente da República. É evidente que aqueles que têm o domínio têm poderosa máquina para manobras com caráter de legalidade, a fim de se perpetuarem no poder. E, como conseqüência da corrupção do grupo dominante, a vida toda da Igreja foi atingida, notando-se as seguintes anomalias:
    1. As eleições para os concílios seguem os caminhos das eleições seculares. Há corridas de um lado para outro, conciliábulos, informações tendenciosas, tudo para garantir o número necessário de votos para eleição da pessoa indicada, no caso do Supremo Concílio, o candidato cuja publicidade já é feita com muita antecedência, através do órgão oficial da Igreja.
    2. Há divisões de presbitérios e de sínodos com o propósito claro de aumentar o número de votos que garanta a reeleição do mesmo grupo. E até às comunidades locais desce a trama infamante, envolvendo pessoas humildes e de nenhuma experiência das sutilezas maquiavélicas da cúpula dominante. E se foi alguém da cúpula que disse, deve ser verdade. A suposição falsa de que aqueles que estão no poder sempre estão certos. Total falta de respeito aos concílios locais. Divisões feitas nos concílios superiores, sem consulta e, às vezes, sem conhecimento dos concílios inferiores e das comunidades locais. Tudo sempre para favorecer o domínio de um grupo.
    3. A perseguição de pastores e membros que deram o melhor de sua vida para o trabalho da Igreja, através de processos eclesiásticos, da imprensa oficial, com publicações contendo meias-verdades, a fim de indispor com a comunidade presbiteriana - tanto local como nacional - pastores honrados.
    4. O uso tendencioso da Constituição da Igreja, que serve de norma apenas quando favorece a cúpula da Igreja. As mais absurdas medidas têm sido tomadas contra concílios, pastores e comunidades locais, com violação clamorosa das leis e praxes presbiterianas.
    5............Esta matéria Continua no site abaixo.
    Fonte_ http://www.ipu.org.br/a-ipu/documentos-fundantes

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  2. Por quê Igrejas Presbiterianas pelo mundo estão aceitando pastores homossexuais?

    Postado por Augustus Nicodemus Lopes*
    Duas denominações presbiterianas acabam de decidir no plenário de suas Assembléias Gerais que homossexuais praticantes podem ser pastores nas igrejas delas.
    A primeira foi a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América (PCUSA). Depois, foi a vez da Igreja Presbiteriana da Escócia.

    Estas resoluções foram tomadas depois de muitos anos de conflitos internos e discussões teológicas. E em ambas as igrejas, o voto passou com uma maioria apertada. Os pastores, presbíteros, diáconos e membros destas denominações que discordam da decisão, e que por muito tempo lutaram para que ela não fosse aprovada, enfrentam agora o dilema de saber qual é a coisa correta a fazer. Com certeza, muitos sairão para outras denominações ou para formar novas igrejas; outros, ainda, permanecerão na esperança de que um dia as coisas mudem.

    Continua no site abaixo.....
    Fonte_ http://www.ipb.org.br/portal/artigos-e-estudos/733-rev-augustus-nicodemus-por-que-igrejas-presbiterianas-pelo-mundo-estao-aceitando-pastores-homossexuais

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  3. Divididos pela “questão gay”, presbiterianos iniciam nova denominação Aliança Evangélica Ordem dos Presbiterianos surgiu de um rompimento teológico

    _Fonte: http://andandonagraca.blogspot.com.br/2012/01/corrupcao-na-igreja-presbiteriana.html

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  4. Presbítero da Igreja Presbiteriana em Lapão é preso por pedofilia!
    Fonte.: http://www.lucassouzapublicidade.com.br/profiles/blogs/presbitero-da-igreja

    Afastado da liderança da Igreja Presbiteriana da cidade de Lapão, depois de ter sido denunciado por abuso sexual de garotos entre nove e 11 anos de idade, Edimário Gama de Freitas, 64 anos, foi capturado hoje (27) no município vizinho de Jussara, onde esteve escondido nos últimos três meses. Há indícios de que o presbítero vinha abusando de crianças há pelo menos dez anos.

    Segundo o delegado Ciro Carvalho Palmeira, titular da Delegacia de Lapão, familiares das vítimas procuraram a unidade policial por estranharem a grande freqüência de garotos na casa do pedófilo. Edimário atraía os meninos oferecendo pequenas quantias em dinheiro, permitindo ainda que eles usassem seu computador e o vídeo game.

    Ao ser interrogado na delegacia, o líder religioso admitiu ter mantido relações sexuais com dois garotos e disse preferir satisfazer-se apenas acariciando meninos. Com a prisão preventiva decretada, Edimario foi capturado numa operação conjunta das delegacias de Jussara e Lapão. Indiciado por estupro de vulnerável, ele ficará custodiado na carceragem da 14ª Coorpin, em Irecê.(Tribuna da Bahia)

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  5. Retirem a trave de seus olhos primeiro....

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